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Haddad vence queda de braço com ala política na definição da meta de déficit zero para 2024

Haddad vence queda de braço com ala política na definição da meta de déficit zero para 2024

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Proposta de Lei Orçamentária: Haddad tenta afastar especulação de que governo poderia desistir de zerar déficit público em 2024; entenda
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, venceu a queda de braço com a ala política do governo e convenceu o presidente Lula da importância de enviar a proposta de Orçamento da União de 2024 com uma meta de déficit zero nas contas públicas.
O projeto, que será encaminhado nesta quinta-feira (31) ao Congresso, foi motivo de pressões da ala política até o último minuto, que defendia aceitar um déficit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem.
Segundo apurou o blog, ministros políticos defendiam um déficit de pelo menos 0,5% para acomodar investimentos no Orçamento, principalmente do Novo PAC, diante da queda de arrecadação e do risco de não serem aprovadas as medidas para aumento de receita.
Eles alegavam que até alguns economistas do mercado preveem um déficit de 0,75% do PIB no próximo ano.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, verbalizou publicamente a defesa desta ala, sob o argumento de que é preciso aumentar os investimentos para garantir um crescimento econômico maior em 2024.
O Ministério da Fazenda se colocou contra, dizendo que mudar a meta antes mesmo de tentar cumpri-la seria jogar a toalha e tornar ainda mais difícil a aprovação das medidas para aumentar a arrecadação, como a tributação de fundos exclusivos e de offshores.
Em reunião com o presidente Lula, nesta terça-feira (29), foi mantida a decisão inicial de manter a meta de déficit zero em 2024.
Lula, Haddad e os ministros da Casa Civil, Rui Costa, do Planejamento, Simone Tebet, e da Gestão, Esther Dueck, participaram do encontro, quando venceu a avaliação de que a meta não deveria ser modificada.
Uma ala do governo, porém, ainda não desistiu. A Lei de Diretrizes Orçamentárias, que vai oficializar essa meta, deve ser votada no Legislativo apenas em outubro.
Até lá, se continuarem as frustrações de receitas, a pressão voltará para que seja aceito um déficit no orçamento para acomodar mais investimentos.

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