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Governo publica exoneração de Neri Geller após polêmica que anulou leilão para compra de arroz

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O Ministro Carlos Fávaro chegou a afirmar que Geller havia pedido de missão. No entanto, a portaria publicada na madrugada desta quarta-feira (12) indica que a exoneração partiu do próprio governo. Suspeitas de irregularidades levam governo a anular o leilão de arroz importado A exoneração do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, foi publicada na edição do Diário Oficial da União, na madrugada desta quarta-feira (12). A portaria indica que a demissão partiu do próprio governo. A saída de Geller do Ministério da Agricultura acontece após o anular do governo federal o leilão para importação de 263 mil toneladas de arroz. A Conab justificou que há compromissos de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras. Um ex-assessor de Geller, que também é sócio do filho do então secretário em uma empresa, foi um dos negociadores do leilão. Isso fez com que a oposição e associações de produtores alegassem um suposto favorecimento. Na terça-feira (11), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que Geller havia pedido de missão. “Não há fato que desabone ou que gere qualquer tipo de suspeita, mas, de fato, gerou transtorno, e, por isso, [Geller] coloque a carga à disposição. […] Ele pediu demissão e eu aceitei”, afirmaram aos jornalistas. No entanto, uma portaria publicada pelo Ministério da Agricultura nesta quarta-feira indica apenas que Geller foi exonerado, sem constar que a saída foi “a pedido”. Geralmente, quando é o servidor quem pede para deixar a carga, a portaria no Diário Oficial da União indica que a exoneração atende ao desejo do funcionário. Ao jornal “O Globo”, Geller negou que tenha pedido de missão. e missão no governo Quem é Geller Ex-ministro da Agricultura e ex-deputado federal, Geller foi um dos nomes ligados ao agronegócio que apoiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição. o presidente Jair Bolsonaro (PL), então candidato à reeleição O apoio a Lula e o bom trânsito no setor colocaram Geller entre os cotados para ser ministro. Ele ganhou após reverter decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que impedia a ocupação de cargos públicos em razão da cláusula, que cassou seu mandato de deputado federal. VÍDEOS: mais assistidos do g1

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