A tensão no país aumentou após a queda do ditador Bashar al-Assad. Cerca de 3 mil brasileiros vivem no país; o governo decidiu esvaziar a embaixada em Damasco. Veículo com rebeldes circula em Damasco, capital da Síria, após queda do ditador Bashar al-Assad Reuters/Mohamed Azakir O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou o documento oficial, chamado Alerta Consular, com uma série de orientações aos brasileiros que vivem na A Síria, entre as quais, deixa o país por meios próprios. Fontes do ministério informaram nesta segunda-feira (9) à GloboNews que, neste momento, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não prepara uma operação de repatriação de cidadãos brasileiros na Síria. Isso porque, disseram essas fontes, “não houve demanda expressiva até o momento” a ponto de justificar uma operação a exemplo do que aconteceu no ano passado em Israel e na Palestina e, mais recentemente, no Líbano. Mesmo assim, diplomatas afirmam que a medida não pode ser descartada neste momento porque a demanda pode mudar. Embaixada da Síria em Moscou, na Rússia, pressa bandeira da oposição Dados do Portal Consular do Ministério das Relações Exteriores mostram que cerca de 60 mil brasileiros vivem no Oriente Médio, dos quais, mais de 3 mil na Síria. Nessas operações de repatriação, após aval do Palácio do Planalto, o Ministério das Relações Exteriores se articula com o país onde há conflitos ou vizinhos para que os brasileiros possam deixar a região em segurança. 🔎Quando o país autoriza o Brasil a buscar os cidadãos, aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), então, são enviadas ao local para fazer a repatriação no tempo mais curto possível. Nesses voos, costumamos integrar as listas brasileiras e parentes de primeiro grau (pai, mãe, participação e filho), ainda que sejam estrangeiros. Há, também, a possibilidade de cooperação internacional, por meio de quaisquer estrangeiros, a pedido de seus governos, embarcando nos voos da FAB. Aos brasileiros que decidiram permanecer na Síria, a orientação do Itamaraty é que evitem zonas de conflito, não participem de protestos e mantenham a documentação brasileira no dia, por exemplo. Esvaziamento da embaixada O blog de Daniela Lima informou que o governo brasileiro decidiu retirar o corpo diplomático da embaixada em Damasco. A ordem partiu do Palácio do Planalto e tenta proteger os servidores em meio à crescente escalada de tensão no país do Oriente Médio. Segundo o blog, a operação já está em andamento e tem apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). À GloboNews, um diplomata da operação explicou que a situação no país é considerada “instável” e o esvaziamento vai durar até que a segurança dos funcionários esteja garantida. “Várias embaixadas em processo de evacuação até a situação de segurança se estabilizar, inclusive a nossa. Houve alguns incidentes envolvendo embaixadas no final de semana, a nossa não foi afetada, mas a situação das ruas ainda é assustadora”, afirmou este diplomata, de forma reservada. – Esta reportagem está em atualização
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