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Governo estuda reduzir valor que consumidores pagam para subsídios no setor de energia, diz ministro

Governo estuda reduzir valor que consumidores pagam para subsídios no setor de energia, diz ministro



Medida estará em projeto de lei para reestruturação do setor elétrico, a ser apresentado pelo governo. Ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, não detalhou quando o texto será encaminhado ao Congresso. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (29) que o governo pretende reduzir os subsídios custeados pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) –um fundo setorial pago pelos consumidores de energia elétrica.
A ideia da pasta é transferir para o Orçamento da União os custos da CDE que não estão diretamente relacionados ao setor energético. Estão embutidos no fundo gastos com saneamento, por exemplo.
“Uma das frentes que devemos propor é que encargos que estão na CDE e não são vinculados umbilicalmente ao setor elétrico devem sim passar por uma discussão e alguns deles, se tiver espaço, serem absorvidos pelo Orçamento Geral da União”, declarou.
A medida consta no projeto de reestruturação do setor elétrico, a ser apresentado pelo ministério. Silveira não detalhou quando o texto deve ser encaminhado ao Congresso.
Segundo Silveira, “essa reformulação geral do setor elétrico perpassa também por essa frente de discutir parte dos encargos que estão na CDE e que não são correlatos ao setor elétrico”.
A CDE é custeada pelos consumidores e por recursos públicos. O objetivo do fundo é financiar a universalização do acesso a energia, o desenvolvimento energético nos estados e a competitividade das fontes renováveis.
Contudo, o fundo passou a abrigar outros subsídios. Estão incluídos na CDE incentivos para:
Água, esgoto e saneamento;
Consumidores de energia com baixa renda;
Consumidores rurais;
Consumidor de fonte incentivada (como solar e eólica);
Geração por fonte incentivada (como solar e eólica);
Irrigação e agricultura.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os subsídios no setor somam R$ 20,6 bilhões até agosto de 2023.

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