O MP anterior já tinha autorização para instituições financeiras a renegociar dívidas anteriores às chuvas históricas de abril e maio, com desconto. Dinheiro vai 'cobrir' essa renegociação. Campos de arroz atingidos pelas chuvas no RS, em imagem de arquivo Jornal Nacional/ Reprodução O governo federal publicou nesta quinta-feira (22) uma medida provisória que libera R$ 1,97 bilhão para abater as produções rurais do Rio Grande do Sul . A medida ainda faz parte do pacote de ajuda federal após as chuvas mais fortes da história do estado, entre abril e maio. O valor será usado, segundo o governo, para cobrir o desconto dado pelos bancos em empréstimos tomados antes da tragédia. No fim de julho, em outra MP, o governo federal autorizou bancos, cooperativas e outras instituições a conceder descontos, nas parcelas de 2024, nas parcelas dos empréstimos contratados por esses produtores – desde que os contratos fossem anteriores à chuva. Agora, o crédito extraordinário aberto pela MP vai cobrir esses descontos, complementando o valor pago pelos produtores aos credores desses empréstimos. O desconto vale apenas para produtores que tiveram perdido ao menos 30% de suas safras em razão das chuvas. Os produtores rurais gaúchos têm até o dia 10 de setembro para solicitar os descontos e renegociações nas instituições financeiras – o prazo consta em um decreto do Ministério da Agricultura, publicado já neste mês. Com as chuvas no RS, produtores descendentes cultivos que já estavam nos silos Leite crítica ritmo da ajuda federal Nesta quarta-feira (21), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, o governador Eduardo Leite (PSDB) voltou a criticar o ritmo da ajuda federal às vitimas das chuvas históricas no RS. “Tem um descompasso entre o apoio que é anunciado e o apoio que está se efetivando lá na ponta. É isso que a gente exige. Eu não faço a crítica para que seja o governo fustigado. Eu faço a crítica para que ajustem, melhorem e aprimorem . E entreguem, portanto, à população o que eles mesmos propuseram”, declarou o tucano. Leite afirmou que continuam as divergências com o governo federal, mas que a conversa com Lula foi “boa”, que tomou notas dos relatos apresentados nesta quarta-feira. “Eu faço um agradecimento, mas eu não deixo de exigir, não deixo de reclamação, não deixo de criticar se para o caso. Entendo que é o meu papel como governador fazer isso, diante de um estado que causou grave calamidade, precisa de todo o apoio, teve apoio está tendo o apoio”, afirmou o governador. Na última semana, quando Lula foi ao Rio Grande do Sul inaugurar obras, os dois políticos trocaram indiretas e falaram políticas em pelo menos dois palanques. Governador Eduardo Leite se reúne com presidente Lula em Brasília
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