“É desolador para a humanidade ver que os controladores da mais avançada tecnologia de comunicação são trogloditas perigosos na vida real. A concentração de poder nas mãos das pessoas é uma ameaça que a sociedade e os governos democráticos precisam enfrentar com urgência”, disparou Gleisi em uma publicação nas redes sociais, em que ampliou a crítica também ao bilionário Elon Musk, da rede social X.
Gleisi Hoffmann emendou o ataque aos “aliados” deles, sem citar nomes, afirmando que “estão se tornando verdadeiros ditadores, com seu falso discurso de defesa da liberdade”.
O petista afirma que Zuckerberg se aliou à extrema-direita “contra a democracia e a verdade nas redes” ao anunciar a redução dos filtros nas postagens e a suspensão do Programa de Verificação de Fatos inicialmente nos Estados Unidos. O mecanismo será substituído pelas chamadas “Notas da Comunidade”, em que os próprios usuários apontam possíveis erros nas postagens alheias.
Ela ainda comentou uma entrevista de Zuckerberg em um podcast norte-americano em que falou sobre as mudanças, declarando – na visão dela – “seu machismo e misoginia numa entrevista chocante”.
“Disse que as empresas precisam de 'mais energia masculina' e para cultivar 'um pouco mais a agressividade'”, completou.
A crítica do presidente do PT é semelhante à dos membros do governo, entre eles o próprio presidente Lula que se disse preocupado com as mudanças, e o novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, Sidônio Palmeira.
“Medidas como as anunciadas recentemente pela Meta são ruínas, porque afrontam os direitos fundamentais e a soberania nacional, promovendo um faroeste digital”, pontudo.
“As informações prestadas pela Meta também contrariam afirmações feitas pela empresa em recentes manifestações proferidas no curso da discussão sobre o Marco Civil da Internet, no âmbito de processos em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF)”, continua a AGU sobre as respostas da empresa .
Por outro lado, a Meta afirmou que as mudanças “visam simplificar nossos sistemas para diminuir o exagero na aplicação de nossas políticas e reduzir erros”.
“Até agora, vamos usar sistemas automatizados para detectar todas as políticas. Vamos nos concentrar no uso desses sistemas para lidar com evidência de alta gravidade, como terrorismo, exploração sexual infantil, drogas, fraudes e golpes. Continuaremos também a utilizar nossos sistemas automatizados para analisar conteúdos que incentivam o suicídio e a automutilação”, diz trecho da carta tornada pública pela AGU.
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