Presidente do MDB no Acre estava internado no Hospital Albert Einstein desde o dia 9 de novembro. Além de governador, Melo foi prefeito de Rio Branco, senador e deputado federal. Flaviano Melo, MDB, foi governador do Acre, prefeito de Rio Branco, senador e deputado federal Arquivo pessoal Após 10 dias internado, o ex-governador do Acre Flaviano Melo (MDB) morreu nesta quarta-feira (20) aos 75 anos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A notícia foi confirmada ao g1 pela assessoria. Melo estava internado em São Paulo desde o dia 9 de novembro e havia tido uma piora no quadro clínico de saúde na terça-feira (19), segundo o boletim médico, divulgado pela esposa Luciana Videl. A morte cerebral foi anunciada no começo da tarde de quarta e os aparelhos que o mantinham vivo foram desligados. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp O presidente do MDB no Acre tratava um quadro de pneumonia desde o dia 6 de novembro, quando foi transferido para a capital paulista. Na última terça-feira (12), ele também passou por um cateterismo. A infecção foi considerada sob controle, mas não foi totalmente combatida. “Às vezes, não entendemos a vontade de Deus, mas confiamos que Ele sabe o que é melhor. Sua sabedoria e grandeza é maior que nossos planos, e Nele encontramos força e esperança”, diz um trecho da nota divulgada na terça pela esposa e pelo filho, Leonardo Melo. Além de governador, Melo foi prefeito de Rio Branco, senador e deputado federal. LEIA MAIS Ex-governador do Acre, Flaviano Melo é internado na UTI e deve ser transferido para São Paulo, diz MDB Internado no Hospital Albert Einstein, Flaviano Melo, vai passar por exames cardíacos Deputado federal Flaviano Melo fala sobre seu mandato No dia 17 de Em novembro, quando Flaviano completou 75 anos, a esposa dele teve registros juntos e torceu pela recuperação do político. “Estamos aqui no Hospital, oferecemos uma celebração silenciosa, aguardando com fé e paciência sua recuperação. Mas quero que saiba que meu coração permanece firme e esperançoso. Eu não perco a fé nem por um instante, e em nome de Jesus, profetizo sua cura . A minha oração é clara e cheia de amor: saúde, saúde e mais saúde”, publicou. Flaviano Melo chegou a ser entrevistado por Glória Maria na década de 90 Arquivo pessoal Último prefeito indicou no período de reabertura política Flaviano Flávio Baptista de Melo nasceu em 17 de novembro de 1949 em Rio Branco. Filiado ao MDB desde 1969, foi o último prefeito da capital a ser nomeado pelo governo estadual antes da reabertura política pós-ditadura e ocupou o cargo entre 1983 e 1986. Melo foi ainda o segundo governador a ser eleito por voto direto no Acre e sucedeu Nabor Júnior que o havia indicado ao executivo municipal anos antes. Ele ocupou o Palácio Rio Branco entre março de 1987 e abril de 1990, e saiu de lá eleito para uma cadeira no Senado Federal. Ele voltou a se candidatar ao governo do Acre em 1994, mas foi derrotado por Orleir Cameli, tio do atual governador do Acre, Gladson Cameli. Em 1998 tentou se reeleger ao Senado, mas perdeu para Tião Viana. Em 2000 conseguiu se eleger prefeito de Rio Branco, dessa vez por voto popular. No entanto, ficou no cargo apenas dois anos, renunciando para ser candidato ao governo do Acre. Ele acabou perdendo para Jorge Viana, que conseguiu se reeleger. Entre 2007 e 2023 ocupou a carga de deputado federal por quatro legislaturas, tendo, inclusive, votado a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, a favor da PEC do teto de gastos, da reforma trabalhista e pela exclusão da denúncia contra Michel Temer, em 2017. Flaviano Melo foi o segundo governador eleito por voto popular após a DitA no Acre Arquivo pessoal Criação de bairros e acusação de corrupção Durante seu mandato como governador do Acre foi o responsável pela criação de diversos bairros da capital acreana, como Manoel Julião, Tucumã e Universitário I, II e III. Além da instalação dos três reservatórios de água da cidade. Mas o mandato também gerou polêmica. Flaviano chegou a ser declarado réu em uma ação penal movida pelo Ministério Público Federal por peculato e crimes contra o sistema financeiro nacional, no caso conhecido como 'Conta Flávio Nogueira', um esquema que segundo a Justiça Federal do Acre chegou a desviar U$ 1 ,8 milhões de dólares (o equivalente a R$ 10,4 milhões na cotação atual). Conforme o processo, julgado pelo STF apenas em 2018, Melo montou com funcionários do Banco do Brasil, um esquema de gestão fraudulenta na agência do Centro de Rio Branco para desviar recursos públicos. “A fraude consistia em abrir conta corrente em nome de pessoa física fictícia, no Banco do Brasil, para transferência de recursos do Fundo de Participação do Estado do Acre. No caso sob comentário, a conta foi aberta em nome de ‘Flávio Nogueira’. Os recursos eram aplicados, pelo banco, por um ou dois dias, em fundos de investimento, sendo o principal devolvido aos cofres públicos, permanecendo os rendimentos na conta fantasma, para posterior apropriação pelos fraudadores”, diz um trecho. Flaviano sempre negou envolvimento com o esquema, que chegou a condenar 13 pessoas em 2001. Na decisão, assinada pelo ministro Celso de Mello, o STF determinou a extinção do processo por 'ausência de justa causa'. Texto inicial do plugin N Reveja os telejornais do Acre
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