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Equipe econômica defende bloqueio de verbas em julho para mostrar compromisso com equilíbrio das contas públicas

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A equipe econômica vai defender que o governo faça um bloqueio de verbas em julho para mostrar o compromisso com o equilíbrio das contas públicas. O valor do bloqueio (contingenciamento de verbas) a ser apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será definido em julho. As primeiras previsões apontam para um valor na casa de R$ 20 bilhões. Qual o caminho para equilibrar as contas públicas? Além disso, a decisão de definir uma meta de inflação contínua de 3% em 2025 também integra uma estratégia de excitação do mercado e reduzir a pressão do dólar sobre a inflação. O governo quer evitar uma inflação em alta no segundo semestre deste ano, o que prejudicaria o ritmo da economia e atrasaria ainda mais a retomada dos cortes nas taxas de juros pelo Banco Central. A oficialização da meta contínua de inflação de 3%, avaliada nesta terça-feira (25) pelo presidente Lula em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será feita nesta quarta-feira (26) em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). ). O CMN já havia aprovado para este ano a nova sistemática para a meta de inflação, mas ela só foi divulgada nesta terça pelo presidente Lula para este ano. O presidente Lula tem resistido em autorizar o contingenciamento de verbos do Orçamento, segundo ele para evitar cortes em investimentos de programas sociais e em infraestrutura. Só que as despesas previdenciárias e nas áreas de saúde e educação cresceram bem acima do ritmo das receitas, o que vai levar a equipe econômica a proporção do bloqueio de verbas em julho, quando para analisar o relatório de receitas e despesas do bimestre maio e junho. Meta de 3% A meta de 3% segue tendo um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. Mas o horizonte de cumprimento será alterado. A alteração de ano-calendário — janeiro a dezembro — para meta contínua, num prazo de dois a três anos. O BC teria mais tempo para levar a inflação para o centro da meta, evitando uma política mais rígida para ancorar a inflação. Hoje, na prática, o Banco Central já mira uma inflação além do ano-calendário. A interrupção da queda de juros, tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada, já teve o objetivo de evitar uma desancoragem da inflação não só neste ano, mas principalmente em 2025. Com essas medidas, a equipe econômica deseja sinalizar que não haverá uma flexibilização na política econômica, mas sim uma tristeza para enganar o mercado e, principalmente, baixar o valor do dólar. Evitando, dessa forma, pressões inflacionárias e o risco do Banco Central demorar muito mais do que o desejo de retomar o ciclo de corte da taxa de juros, mantido em 10,50% ao ano pelo Copom.

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