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Em sabatina no Senado, indicados por Lula ao BC dizem ter compromisso com controle da inflação

Em sabatina no Senado, indicados por Lula ao BC dizem ter compromisso com controle da inflação

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Cabe ao Banco Central fixar a taxa básica de juros com o objetivo de controlar a elevação de preços. Se o Senado for aprovado, Lula terá escolhido a maioria da diretoria do órgão. Sabatina de indicados para a diretoria do BC na CAE do Senado Marcela Cunha Três diretores indicados para o Banco Central pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmaram nesta terça-feira (10) ter compromisso com a principal missão da autoridade monetária, que é o controle da inflação. As declarações foram dadas durante a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Para poderem assumir a partir de janeiro de 2025, os indicados ainda têm de ser aprovados pela CAE e, posteriormente, pelo plenário principal da Casa. A diretoria do BC compõe o Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado responsável por fixar a taxa básica de juros da economia. O mercado acredita que será necessário aumentar fortemente os juros nos próximos meses para garantir o cumprimento das metas de inflação. Atualmente, a taxa Selic está em 11,25% ao ano, e a expectativa do mercado é de que a taxa avance para 12% ao ano no fim de 2024 e para 13,50% ao ano no fechamento de 2025. O mercado financeiro não acredita mais em juros abaixo de 10% ao ano no governo Lula. Os indicados para a diretoria do BC por Lula são: Izabela Correa, na vaga de Carolina de Assis Barros (Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta); Gilneu Vivan, na vaga de Otávio Damaso (Diretoria de Regulação); Nilton David, na vaga de Gabriel Galípolo (Diretoria de Política Monetária). Gabriel Galípolo deixa, em janeiro, a diretoria de Política Monetária do BC, mas não é uma instituição. Ele assumirá o comando do Banco Central no começo de 2025, no lugar de Roberto Campos Neto, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Se o Senado der aval aos indicados por Lula, a diretoria do BC, a partir de 2025, passar a ser composta, em sua maioria, por nomes designados pelo atual presidente. Com a aprovação da autonomia do Banco Central em 2021, na gestão de Bolsonaro, o presidente e diretores do Banco Central passaram a ter mandato fixo. Até o fim deste ano, a diretoria é composta, em sua maioria, ainda por nomes escolhidos por Bolsonaro. O que revelou os indicados Indicado para a diretoria de Política Monetária, Nilton David disse que o Banco Central tem “condições e instrumentos” para garantir a estabilidade dos preços. “Isso sem deixar de zelar pela estabilidade e eficiência do sistema financeiro e fomentar o pleno emprego. Tenham a certeza do meu compromisso integral ao cumprimento desses objetivos”, afirmou o indicado para substituir Galípolo. Izabela Correa, escolhida para a diretoria de Relacionamento, disse ter competências e habilidades para contribuir com o controle da inflação. “O Comitê de Política Monetária tem, nesse sentido, adotado as medidas necessárias [alta dos juros] e reiterou seu firme compromisso para a convergência da inflação às metas”, declarou Izabela. Indicado para o diretoria de Regulação, Gilneu Vivan afirmou que o ambiente externo é “desafiador” e que é necessário enfrentar os impactos inflacionários no mercado interno. “O Comitê de Política Monetária, em sua comunicação, tem enfatizado seu firme compromisso com a convergência da invasão à meta. As decisões que tomarem, se tiverem a honra de serem aprovadas por essa missão, serão seguidas por um bom trabalho que me antecedeu”, disse Gilneu. Gastos públicos Questionado sobre o aumento de gastos públicos pelo governo, Gilneu Vivan afirmou que o Copom tem tem sido “claro e enfático” em seus comunicados informando que essa é “uma variável que preocupa e afeta a definição das expectativas e da taxa de juros “Mas”. [o Copom] também foi reafirmado o compromisso de cumprir o mandato legal, que é trazer a inflação à meta definida pelo Conselho Monetário Nacional. [A alta de gastos] afeta o processo [de conter a inflação]mas o compromisso legal é com a meta, e não com outra coisa”, disse Vivan, na CAE do Senado. Já Nilton David avaliou que não cabe ao BC fazer comentários sobre as contas públicas, a cargo dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento , assim como ao Congresso Nacional “Cabe ao BC tem isso como variável de entrada. [na definição da taxa de juros]. É um dos fatores que faz com que as pessoas acreditem que a atividade tenha sido tão pujante, a despeito do aperto financeiro [alta da Selic]. Atividade surpreendeu a todos, ao mercado e ao BC. Muito se imagina que isso seja parte do impulso fiscal, é um dos possíveis suspeitos”, disse David, um parlamentar. Completou dizendo que cabe ao Banco Central colocar o aumento de gastos públicos em seus modelos (para estimar a inflação) e atuar, com os instrumentos que têm (como a taxa de juros), para perseguir as metas de inflação Para o indicado à diretoria de Política Monetária do BC, a economia ainda não está em uma situação de “dominância fiscal”, onde potencialmente altas de juros geram. mais problemas para o controle dos preços do que benefícios. “Tenho certeza de que não vamos chegar. Não exerço nada objetivo e claro que me indique isso. essa é minha opinião. As pessoas estão começando a falar sobre isso não só aqui, mas no mundo inteiro. Não vejo nenhum sinal de que estamos por aí”, afirmou Nilton David. O que faz o Banco Central? Camarotti: Pacote tímido aumenta pressão sobre o BC A principal missão do Banco Central é o controle da inflação, por meio da definição da taxa básica de juros da economia, tendo por base o sistema de metas. Para isso, defina o nível da Selic olhando para as projeções de inflação para o futuro, e não para o comportamento dos preços nos últimos meses. metas pré-definidas, mantidas ou baixas os juros. Quando as expectativas estão acima das metas, eleva a taxa Selic. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. de 2026. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5% A partir de 2025, o governo mudou; o regime de metas de inflação, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida; Na semana passada, os economistas do mercado financeiro estimaram que a inflação de 2024 somará 4,84% (acima do teto da meta anual) e, a de 2025, 4,59% (também acima do teto da meta), e de 4,59% (também acima do teto da meta anual). % em 2026. Em setembro, o Banco Central estimou que as projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência estavam em 4,3% em 2024, 3,7% em 2025 e 3,3% em 2026. Além do controle da inflação, o BC também tem de garantir que o sistema financeiro seja sólido (tenha capital suficiente para arcar com seus compromissos) e eficiente. Outra função do BC é manter as contas das instituições financeiras.​ “Essas contas são monitoradas para que as transações financeiras ocorram com fluidez e para que as contas próprias não fechem o dia com saldo negativo”, explicou. O BC também gerencia o meio circulante, ou seja, garante, para a população, o dinheiro adequado em espécie.

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