BCN

Em delação, Ronnie diz que endereço de Marielle era lugar 'difícil' por causa de policiamento e por isso emboscada foi em outro local

1717792905 Img Facebook.png

1717792905 Img Facebook.png



Na delação premiada, cujo sigilo foi levantado parcialmente nesta sexta-feira (7), o ex-policial Ronnie Lessa, preso pelo assassinato da vereadora Marielle, disse que o endereço dela era muito policiado e, por isso, a emboscada teve que ser em outro local. Detalhes que já foram revelados Ronnie Lessa confessou sua participação no crime e identificou os mandantes, em vídeo da delação que já havia sido obtido com exclusividade pelo Fantástico há duas semanas. Preso desde 2019, Lessa descreveu a oferta recebida para cometer o crime como parte de uma parceria, não apenas como um assassinato por encomenda. Durante o depoimento, Lessa acordos Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal, como mandantes. Segundo Lessa, o Brazão ofereceu como pagamento um loteamento clandestino na Zona Oeste do Rio, avaliado em mais de 20 milhões de dólares. Lessa também detalhou reuniões preparatórias, nas quais Marielle foi descrita como um obstáculo aos planos do Brazão. A falta de registros das operadoras de celular antes de 2018 impediu a confirmação desses encontros pelas autoridades. A defesa dos irmãos Brazão negou as acusações, pedindo-lhes que tentassem obter vantagens judiciais. Além disso, Ronnie Lessa é especialista em Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Delegacia de Homicídios do Rio, como parte do plano para proteger os mandantes do crime. Lessa afirmou que Barbosa foi instruído a desviar das investigações. Barbosa foi promovido a chefe de polícia um dia antes do assassinato de Marielle e indicou Giniton Lajes para comandar a Delegacia de Homicídios. Segundo a Polícia Federal, a nomeação de Lajes foi parte de uma estratégia para interferir nas investigações.

Sair da versão mobile