Espaço abrigará arquivos que não podem ser acessados pelo sistema do Senado ou tenham restrição de acesso. Arquivos do GSI foram entregues na segunda (24). Reunião da CPI dos Atos Golpistas para ouvir o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, em junho.
Edilson Rodrigues/Agência Senado
A sala-cofre da CPI dos Atos Golpistas recebeu na segunda-feira (24) os primeiros documentos sigilosos enviados para atender a requerimentos aprovados por congressistas. Os arquivos (veja mais abaixo) foram entregues pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Localizado no subsolo da Ala Alexandre Costa, onde acontecem reuniões de comissões do Senado, o espaço abrigará documentos que não podem ser acessados pelo sistema do Senado ou “por sua natureza ou conteúdo, exija rigor ainda maior no controle do sigilo”.
O local possui câmeras de vigilância que monitoram o local de forma contínua. Todos os acessos precisam ser registrados e podem ser acompanhados por policiais do Senado para vigília.
Ao acessar o espaço, além de precisar de credenciamento, a pessoa terá que deixar telefone celular e demais dispositivos eletrônicos ou informáticos numa antessala que dá acesso ao cofre.
Anotações têm de ser feitas à mão e é “vedada a utilização de câmeras, de pen drives, de hard drives ou de qualquer dispositivo que permita o registro dos documentos acessados”.
Além dos documentos do GSI, informações a respeito dos inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os ataques de 8 de janeiro também ficarão, obrigatoriamente, dentro da sala-cofre.
Documentos recebidos
Até o momento, dois arquivos do GSI foram encaminhados à comissão. Os documentos foram assinados na sexta (21) pelo secretário-executivo substituto do órgão.
A consulta deverá será liberada pela secretaria da CPI nesta quarta (26) . Somente parlamentares e um assessor cadastrado poderão ter acesso ao local.
Confira a seguir o que tratam os arquivos:
Sindicância do GSI
O primeiro documento recebido é sobre sindicância aberta pelo GSI para apurar fatos ocorridos durante os atos golpistas de 8 de janeiro.
O ofício de envio justifica que é necessário sigilo porque “existem documentos cujo conhecimento público poderá ocasionar riscos à segurança orgânica do Palácio do Planalto […] sendo, portanto, documentos classificados como SECRETOS”.
O procedimento foi aberto pelo GSI em 26 de janeiro.
O atual ministro do órgão, general Marcos Antônio Amaro, não houve favorecimento dos militares para a invasão ao Planalto. Amaro assumiu o posto após a queda de Gonçalves Dias, em abril.
“Não me parece que teve facilitação. Houve um esforço grande para conter as invasões, mas o número de homens empregados foi insuficiente”, disse o ministro, em maio, durante audiência da Comissão de Segurança Pública da Câmara.
‘Plano Escudo’
O segundo documento enviado ao colegiado aborda o chamado “Plano Escudo”.
O planejamento traz detalhes sobre como deve ser a proteção do Palácio do Planalto em situações de crise.
O arquivo foi entregue em “invólucro lacrado e rubricado, com a indicação do correspondente grau de sigilo”.
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