Presidente Lula demite Jean Paul Prates da presidência da Petrobras
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, nesta quarta-feira (15), a saída de Jean Paul Prates da presidência da estatal.
No lugar dele, Clarice Copetti assume interinamente a presidência. Ela é diretora de Assuntos Corporativos da estatal, e permanecerá no cargo até a aprovação de Magda Chambriard, indicada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como nova presidente da Petrobras.
Além de Prates, dois executivos ligados a ele também deixarão a empresa. São eles:
o diretor financeiro, Sergio Caetano Leite;
o gerente executivo de Relações Institucionais, João Paulo Madruga.
Leite é próximo de Prates, e entrou com ele na diretoria da companhia, no início do terceiro mandato do presidente Lula. Os dois eram sócios em algumas empresas, nas quais Prates detinha participação antes de assumir a Petrobras.
Demissão de Prates
Lula demite Jean Paul Prates, presidente da Petrobras
Jean Paul Prates apresentou um pedido de renúncia, que foi aceito pelo conselho da estatal.
No entanto, ele mesmo admitiu para amigos que foi demitido na terça (14) pelo presidente Lula, em agenda que contou também com a participação dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira.
Prates foi indicado para o cargo antes mesmo de Lula tomar posse, em dezembro de 2022. Recentemente, no entanto, foi alvo de “fritura”, devido a posições contrárias ao governo na crise dos dividendos da Petrobras, e por conta de críticas do ministro Alexandre Silveira.
Em mensagem enviada a colegas na terça, Prates disse que sua missão na Petrobras foi “precocemente abreviada”. “Só me resta agradecer a vcs e torcer que consigam ficar ou se reposicionar. Contém comigo no que eu puder fazer”, afirmou.
Nova presidente
Magda Chambriard em 2015, enquanto ocupava a diretoria-geral da ANP
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Antes de assumir a presidência da Petrobras, Magda Chambriard precisa passar pela burocracia interna da empresa, que analisa potenciais conflitos de interesse e preparo para o cargo.
Como as regras da Petrobras determinam que o presidente deve ser integrante do Conselho de Administração da estatal, a indicada deve ser aprovada pelo conselho e, depois, pela assembleia de acionistas.
Contudo, com a renúncia de Prates, o caminho é encurtado. Nesse caso, depois de ter o currículo avaliado, Magda precisa apenas da maioria dos votos no Conselho de Administração – composto por 11 cadeiras.
Com o aval, ela já pode assumir a presidência e ter o seu nome referendado pela próxima assembleia de acionistas.
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