O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cobrou nesta terça-feira (28) que o Banco Central reduzirá a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75%, após o governo federal anunciar a volta de impostos federais sobre gasolina e etanol.
A partir desta quarta (1º), o Executivo vai cobrar um imposto de R$ 0,47 sobre gasolina e de R$ 0,02, sobre o etanol. Haddad influenciou que o próprio Banco Central já disse que a medida pode ser alcançada para a longo prazo e tende a abrir espaço para a queda da Selic.
“O Roberto Campos Neto [presidente do Banco Central] garantiau que essas medidas [reoneração de impostos] podem sugerir que são impopulares, que são equivocadas, mas não. Na perspectiva do Banco Central, isso antecipa o calendário de queda da taxa de juros”, afirmou Haddad.
“Estou reproduzindo argumentos do Banco Central para dizer que o impacto sobre a preservação de médio e longo prazo são benéficos em função do problema fiscal herdado e isso abre um espaço absolutamente necessário para recomeçar a reduzir a taxa de juros, sem o que vamos ajudar o emprego, o crescimento , reajustes salariais, vamos promover tudo que a gente quer promover”, acrescentou.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem criticado a Selic a 13,75% e dito que não há justificativa para que o índice esteja nesse patamar, o que, segundo ele, atrapalha o crescimento do Brasil.
Haddad reforçou o argumento do presidente. “As taxas de juros no Brasil são as mais altas no mundo e estão produzindo efeitos perversos sobre a economia. Existe um problema no crédito, existe um problema no horizonte de crescimento da economia. O país inteiro está unido em torno dessa causa, que é a redução das taxas de juro”, frisou Haddad.
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