Após receber a avaliação do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo Lula quer incluir, na votação do projeto que pretende moralizar as emendas parlamentares, uma regra que limita o ritmo atual de crescimento dessas emendas. A ideia do governo é submetida às emendas ao mesmo limite criado pelo arcabouço fiscal para as despesas gerais do governo federal. O projeto que deve dar transparência, rastreabilidade e eficácia às emendas deve ser votado até a próxima semana. Hoje, as emendas individuais são corrigidas com base nas receitas correntes líquidas da União – um indicador em expansão franca, já que o governo vem batendo recordes sucessivos de arrecadação. Agora, o Executivo quer que elas sigam a regra do arcabouço, mais restritas. O arcabouço impede que todas as despesas discricionárias aumentem mais do que 70% do ritmo de expansão das receitas correntes líquidas – e que ultrapassem um crescimento real de 2,5%. Relator do Orçamento apresenta projeto para mudar regras de emendas parlamentares A regra atual está inscrita na Constituição e, por isso, o governo avaliou que seria preciso aprovar uma proposta de emenda à Constituição para mudar o indicador. Ministros do STF, no entanto, afirmaram aos líderes do Congresso uma interpretação de que bastaria uma lei complementar – um projeto da mesma “categoria” que o texto do novo arcabouço fiscal, e mais fácil de aprovar que uma PEC. O Congresso quer aprovar o projeto de emendas parlamentares até o início de novembro para que o Supremo Tribunal Federal comece a liberar o pagamento destes recursos. As emendas estão suspensas desde agosto por ordem do ministro do STF Flávio Dino, que avaliou que o rito atual não atende às regras de transparência definidas pelo tribunal em 2022. Na época, o que estava em julgamento era o orçamento secreto. O mecanismo foi substituído depois das emendas da comissão, que também seriam distribuídas sem transparência. Dino mantém suspensas emendas de orçamento secreto
Com sinal verde do STF, governo quer que novo projeto limite ritmo de crescimento das emendas

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