De acordo com os investigadores, a delação premiada de Mauro Cid no caso das joias não é necessária, mas não será descartada. Para um acordo, o tenente-coronel teria de entregar informações importantes para outros crimes em apuração. Personagem central no escândalo da joias, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid é um dos oito intimados para depor simultaneamente à Polícia Federal nesta quinta-feira (31). Dias antes, Cid foi proibido por Alexandre de Moraes de se comunicar com o ex-presidente Jair Bolsonaro, com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e com outros investigados.
De acordo com os investigadores, a delação premiada de Mauro Cid no caso das joias não é necessária. Para ser aceita, a delação do tenente-coronel teria de entregar informações importantes para outros crimes que estão sendo apurados.
Tenente Coronel Mauro Cid durante depoimento à CPI dos Atos Golpistas
Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
“É uma investigação que tem cinco troncos. As joias são um desses troncos”, explica Daniela Lima em entrevista a Natuza Nery. “Cid conhecia tudo e vai ter de entregar tudo. E ele decidiu falar”, afirma a apresentadora da Globonews e colunista do g1.
Daniela Lima: ‘Mauro Cid conhece tudo e terá que entregar tudo. E ele decidiu falar’
“Bolsonaro usava o telefone de Cid quando queria falar com alguém e não queria que fosse do próprio número. Esse era o grau de entrega, de confiança. Se ele, Bolsonaro – que era conhecido por tudo menos pelo receio – receava usar o aparelho, ele usava o do Cid. E Cid entregava.”
O celular de Mauro Cid foi apreendido pela PF e foi fundamental para que a investigação descobrisse que Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, foi aos Estados Unidos para comprar o Rolex dado de presente pelo governo da Arábia Saudita à comitiva brasileira em 2019.
O dinheiro envolvido na operação foi depositado na conta do pai de Mauro Cid, o general Mauro César Lourena Cid, que também é alvo da operação da Polícia Federal.
Daniela Lima: Choque de versões pode ter levado a ‘crise conjugal’ de Jair e Michele
Ouça a entrevista completa no podcast O Assunto
Michelle e Jair Bolsonaro devem prestar depoimento nesta quinta-feira (31/08)
Reuters
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