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Câmara de Dumont, SP, cassa mandatos de três vereadores por assinatura falsa em documento

Pastor Júlio (MDB), Régis Egnaldo Diana (MDB) e Claire Ruiz (PP) deixaram os cargos na última sexta-feira (22) após votação de processe na Câmara. Defesa afirma que vai recorrer. Três dos nove vereadores de Dumont (SP) tiveram os mandatos cassados por quebra de decoro parlamentar. Júlio César da Silva, conhecido como Pastor Júlio (MDB), Régis Egnaldo Diana (MDB) e Claire Ruiz (PP) deixaram os cargos na última sexta-feira (22) após votação na Câmara dos Vereadores.
O caso começou a ser investigado em fevereiro de 2022 após denúncia de que os dois parlamentares teriam falsificado a assinatura da vereadora Claire Ruiz em um ofício que cobrava o uso de uma verba pública no valor de R$ 100 mil por parte da Prefeitura e que poderia ser perdida.
Durante a apuração, a Câmara dos Vereadores descobriu que Claire nunca assinou o documento, apesar de o nome dela constar no ofício. O Pastor Júlio e Régis Egnaldo teriam feito a falsificação com o consentimento dela.
Peritos analisaram outros documentos com a letra da vereadora e chegaram à conclusão de que a assinatura é do Pastor Julio. Para o presidente da Câmara, Alex Romualdo da Silva, o Enfermeiro Alex (DEM), houve quebra de decoro parlamentar por parte de todos eles.
“A gente não está aqui levando em consideração o teor do documento. Isso não tem nada a ver com o fato ocorrido. O fato é que houve aqui na Câmara de Dumont a falsificação de documento público e isso perante o Código Penal, o processo civil, isso é crime. Foi isso que houve.”
Os vereadores Régis Egnaldo Diana (MDB), Pastor Júlio (MDB) e Claire Ruiz (PP) deixaram os cargos na Câmara de Dumont, SP
Reprodução EPTV
Pastor Júlio admite que assinou o ofício para a colega, mas ressalva que houve autorização dela. Ele afirma que a cassação é motivada por perseguição política.
“Nós colocamos, inserimos o nome dela por conta de fazermos parte de um grupo de trabalho. É um documento que está mais importante do que o recurso de R$ 100 mil que não está sendo utilizado, nós não sabemos, resposta não temos. Então a preocupação maior está sendo a assinatura do que o dinheiro. Sou perseguido pelo simples fato do trabalho que eu faço à frente da fiscalização do Executivo, que é essa função minha”, diz.
O presidente da Câmara nega que os parlamentares estejam sendo alvo de perseguição por fazerem parte da oposição.
“Ficou muito claro para todos que estavam aqui, a Comissão Processante deixou muito claro o que houve nessa Casa de Leis: a falsificação com a participação dos três, inclusive.”
Plenário da Câmara dos Vereadores de Dumont, SP
Reprodução/EPTV
O advogado que representa os três vereadores cassados diz que vai recorrer da decisão nos próximos dias.
De acordo com o presidente da Câmara, os suplentes serão empossados na quinta-feira (28).
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