O procedimento de castração é realizado com medicamentos inibidores da libido a fim de privar o paciente de impulsos sexuais. Texto segue para análise do Senado. Sessão da Câmara Bruno Spada / Câmara dos Deputados A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (12) uma proposta que determina a castração química de pessoas condenadas por crimes sexuais contra menores de idade. O texto foi aprovado depois de uma mobilização de oposicionistas, que incluiu a proteção em um projeto que tratava somente da criação de um cadastro nacional de pedófilos (entenda mais aqui). A proposta, que foi incluída na pauta da Câmara em uma semana dedicada à análise de pautas de segurança pública, seguirá para votação no Senado. Castração química é discutida no Congresso Nacional 🔎O procedimento de castração é realizado com medicamentos inibidores da libido a fim de privar o paciente de impulsos sexuais. Bolsonaristas 'fazem a festa' e aprovam retrocessos na CCJ Segundo o projeto, a castração química será uma indenização aplicada de forma conjunta às penas de reclusão ou detenção para uma série de crimes de cunho sexual contra crianças e adolescentes. A medida valerá para criminosos condenados após o trânsito em julgado – quando não há mais possibilidade de recurso — em crimes como: gravar, vender, comprar, divulgar, simular cena de sexo com menores aliciamento de menores estupro de vulnerabilidade prostituição infantil 🔎De acordo com o texto, a castração química aplicada às condenações definitivas será realizada por meio de medicamentos, obedecendo a um futuro regramento editado pelo Ministério da Saúde. A Liderança do governo orientou voto contra Originalmente, o projeto desenvolvido pelos deputados tratou somente a criação de um cadastro virtual com nomes e fotos de condenados por crimes sexuais contra menores. A castração química não constava do texto e foi alvo de um pedido de inclusão apresentado pelo deputado Ricardo Salles (Novo-SP). Em um primeiro momento, a incorporação deste trecho foi rejeitada pela relatora, deputada Delegada Katarina (PSD-SE). Ao explicar a decisão, em um parecer, ela afirmou que a medida era “eficaz”, mas, por acordo dos líderes, não poderia ser acatada. Logo após a aprovação do texto principal do projeto, o PL solicitou que o trecho fosse analisado de forma separada. Foram 267 votos elaborados à castração química, ante 85 contrários. Os maiores blocos partidários da Casa liberaram seus membros a votarem conforme sua verdade. A liderança do governo na Câmara orientou o voto contra a medida, em contraponto à oposição, que instruiu o grupo a votar favoravelmente à castração. O Senado também aprovou projeto sobre o tema Em maio deste ano, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado também aprovou projeto semelhante. O texto foi enviado à Câmara, mas até hoje não avançou na Comissão de Saúde da Casa. A proposta aprovada pelos senadores não limita a castração aos condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Pelo texto, o tratamento químico hormonal poderá ser oferecido como alternativa para crimes reincidentes em crimes contra a liberdade sexual. A castração também não seria obrigatória, segundo o projeto. Seria opcional e possibilitaria mudança no regime de cumprimento da pena.
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