Em comunicado, o governo brasileiro afirma deplorar episódios recentes de prisões, ameaças e perseguições a membros da oposição na Venezuela. Maduro e a esposa Cilia Flores durante cerimônia de posse em Caracas, na Venezuela, em 10 de janeiro de 2025 Reuters/Leonardo Fernandez Viloria O Itamaraty divulgou neste sábado (11) um comunicado em que afirma que o Brasil acompanha “com grande preocupação” denúncias de ocultação de direitos humanos de opositores de Nicolás Maduro, na Venezuela. Nesta sexta-feira (10), Maduro tomou posse para um terceiro mandato como presidente do país vizinho, após um processo eleitoral conturbado e contestado por países e organismos internacionais em razão da falta de transparência. O Brasil cobrou a divulgação das atas eleitorais e Lula afirmou reiteradas vezes não considerando a vitória de Maduro. No entanto, o governo brasileiro tem inveja da embaixadora em Caracas, Gilvânia Oliveira, para o pelotão na Venezuela. Lula ainda não se manifestou sobre o evento. Em pronunciamento, María Corina Machado diz que Maduro sofreu golpe de Estado na Venezuela Na nota deste sábado, o Itamaraty afirma que o governo brasileiro “deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos” do regime de Maduro. No entanto, o Ministério das Relações Exteriores afirma afirmar “gestos de distensão pelo governo Maduro – como a liberação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas”. Também no documento, o governo brasileiro destaca que, para a vigência de um regime democrático, é necessário garantir aos líderes da oposição direitos “elementares”, como o de ir e vir e de manifestação livre, “com garantias à sua integridade física”. “O Brasil exorta, ainda, as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos com vistas a dirimir as controvérsias internas”, conclui o comunicado. Na última quinta-feira, a líder oposicionista María Corina Machado foi detida durante uma manifestação contra Maduro. Ela foi liberada momentos depois. A oposição venezuelana denunciou a prisão de pessoas bastantes ao regime de Maduro de forma arbitrária, o que classifica como sequestro. Uma das últimas vítimas foi o gênero de Edmundo González, que foi detido por homens encapuzados na segunda-feira (6). Gonzáles concorreu contra Maduro na eleição realizada em julho do ano passado. Apelo pela retomada do diálogo Nesta sexta-feira (10), Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron, apelaram a Maduro para que retome o diálogo com a oposição. Os dois líderes reforçaram seu apoio ao povo venezuelano e destacaram a necessidade de restaurar a democracia e a estabilidade no país. Lula e Macron também condenaram a tentativa de prisão de María Corina Machado e afirmaram que os direitos de manifestação e reunião devem ser respeitados na Venezuela. Eles também cobraram a liberação imediata de todas as pessoas detidas por suas opiniões ou atividades políticas.
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