Os valores também abrangem OMC, Unesco e OMS, por exemplo. Segundo fontes no ministério, o pagamento assegura ao Brasil o poder de negociação desses organismos. O Ministério das Relações Exteriores informou que o Brasil quitou neste ano R$ 1,9 bilhão em dívidas com a Organização das Nações Unidas (ONU) e outros organismos multilaterais. Segundo fontes no Itamaraty ouvidas pela Globonews, na prática, o pagamento dessas dívidas garante ao Brasil o poder de negociação desses organismos. Isso porque, nos fóruns internacionais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou colocar diante do mundo que o Brasil é um dos principais defensores do multilateralismo. Se o país não estiver em dia com suas obrigações financeiras, eles dizem diplomatas, não tem poder para pautar temas ou fazer critérios em negociações. 🔎 O funcionamento de organismos internacionais como a ONU e o Mercosul é custodiado pelos Estados-membros, e o pagamento anual dessas cotas é previsto nos próprios tratados de fundação dessas entidades. Os países que deixam de pagar suas cotas podem, inclusive, ser suspensos dos fóruns de negociação. Conforme a nota do ministério, a quitação das dívidas envolve pagamentos a diversos organismos, entre os quais: Organização das Nações Unidas (ONU); Organização Mundial do Comércio (OMC); Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco); Organização Mundial da Saúde (OMS) Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Esse quadro de adimplemento junto aos organismos internacionais reafirma o compromisso brasileiro com o fortalecimento do multilateralismo, da cooperação internacional e da integração regional, ao mesmo tempo que reforça o comprometimento do governo com a responsabilidade fiscal na gestão dos recursos públicos”, afirmou o Itamaraty . “Com a quitação de suas obrigações financeiras, o Brasil assegura sua participação plena e ativa nos principais fóruns globais e regionais, em favor da paz, da segurança, dos direitos humanos, da integração econômica e do desenvolvimento sustentável”, acrescentou o ministério. Em discursos recentes, Lula vem defendendo que a ONU seja reformada e assume um papel de maior protagonismo na mediação de conflitos globais – veja no vídeo abaixo: Em Nova York, Lula defende a reforma urgente da ONU Meio ambiente Na área ambiental, o Ministério das Relações Exteriores informaram que o Brasil também quitou dívidas com tratados internacionais, entre os quais: Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima; Protocolo de Quioto; Convenção de Estocolmo. “Esses pagamentos reafirmam o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e a preservação ambiental”, afirmou o Itamaraty. O presidente Lula tem defendido nos fóruns globais que as grandes potências econômicas mundiais devem se comprometer a ajudar os países em desenvolvimento, por exemplo, no financiamento de medidas de proteção ambiental. Nesse contexto, durante o ano de 2024, o Brasil presidiu o G20 e colocou nos eixos centrais de discussão o desenvolvimento sustentável e a transição energética. Além disso, no ano que vem, o Brasil vai sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) e o Brics, pautando entre os temas centrais a proteção do meio ambiente.
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