Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que o governo brasileiro precisa condenar, de forma enfática, a ordem de prisão de Edmundo González Urritia na Venezuela. Segundo eles, se o Brasil não seguir esse caminho, será um erro e mostrará que o governo brasileiro tem uma posição leniente com a escalada autoritária do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Diplomatas brasileiros aprovaram que as ações de Maduro contra a oposição são preocupantes, mas a decisão sobre um posicionamento oficial é do presidente Lula. Nesta terça-feira (3), ele deverá conversar com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e com o assessor de assuntos internacionais, Celso Amorim, para tratar do tema. Nicolás Maduro deu, na avaliação da comunidade internacional, um golpe, ao se declarar reeleito sem a divulgação das atas eleitorais. O próprio governo brasileiro já deixou claro que, sem a liberação das atas, não é permitida a vitória do atual presidente venezuelano. Agora, Maduro vai além e articulou a prisão do seu adversário Edmundo Gonzalez Urritia, que teria vencido a eleição. O Brasil, por sinal, segue sendo cobrado a se posicionar oficialmente e declara que não confirmou a reeleição de Nicolás Maduro. Lula, até pouco tempo, tinha uma posição favorável a Maduro e não criticava seu colega venezuelano. – Esta reportagem está em atualização O tom mudou recentemente, com o presidente Lula fazendo cobranças a Maduro, que acabou respondendo de forma jocosa ao brasileiro. Ele chegou a comentar que Lula tomou chá de camomila para se rir, depois que o presidente brasileiro afirmou estar assustado com declarações de Maduro.
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