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Atrito entre Gleisi e Padilha tem como pano de fundo disputa por comando do PT e dança das cadeiras na Esplanada

Atrito entre Gleisi e Padilha tem como pano de fundo disputa por comando do PT e dança das cadeiras na Esplanada

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Na saída, Gleisi defende José Guimarães para comandar o partido, enquanto Padilha está alinhado a Edinho Silva. O ministro da articulação política, Alexandre Padilha, e o presidente do PT, Gleisi Hoffmann Guilherme Mazui/g1 e FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO O clima esquentou nesta semana entre líderes do PT, partido do presidente Lula, com um debate público entre a a presidente nacional da legenda, a deputada Gleisi Hoffmann, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O que começou com uma crítica ao desempenho eleitoral da legenda em 2024, na verdade tem como pano de fundo uma disputa interna de olho no próximo a ocupar o cargo de chefe do partido. ➡️ Contexto: Na segunda (28), após ter se reunido com o presidente Lula em Brasília, Padilha disse que o PT, embora tenha iniciado nas eleições o número de prefeituras que comandará, precisa fazer uma “avaliação profunda” porque ainda não saiu do Z4 – em uma referência ao grupo de tempos que luta contra o rebaixamento no Brasileirão. Em uma rede social, Gleisi revidou e disse que o ministro deveria “focar” nas articulações políticas. Gleisi Hoffmann rebate padilha sobre desempenho nas eleições Reprodução Na semana passada, em meio às especulações sobre a sucessão no PT, Gleisi Hoffmann afirmou que permanecerá no comando da sigla até junho de 2025, quando encerrar seu mandato. Ela comanda o partido desde 2017, sendo o presidente mais longeva da história da sigla. Receba no WhatsApp as postagens de Sadi Guimarães X Edinho Silva Edinho Silva (PT) e José Guimarães (PT). Fabio Rodrigues/G1 e Gustavo Bezerra/PT/Reprodução Para assumir o comando do partido nos próximos anos, Gleisi Hoffmann quer emplacar o nome do deputado José Guimarães (PT), do Ceará, que argumenta que saiu fortalecido após a vitória de Evandro Leitão em Fortaleza, único prefeito de capital eleito pelo partido. Gleisi argumenta que a vitória de Leitão é uma vitória de Guimarães, ou que o cacifaria para disputar a vaga de comando no PT. Do outro lado dessa disputa, Padilha, Haddad e uma ala majoritária do PT- além de nomes como José Dirceu- defendem o nome de Edinho Silva. O prefeito de Araraquara, que também foi ministro de Dilma, é muito próximo do presidente Lula. A avaliação é de que, se pelo eleitorado, Edinho Silva não terá um perfil de continuidade do trabalho feito até agora por Gleisi. LEIA TAMBÉM: Após rumores de saída, Gleisi diz que vai cumprir mandato no PT até o fim 'Insatisfação' com Padilha marcou reunião do PT; embate público foi 'desnecessário', dizem fontes Eleições: Padilha cita alta no número de prefeituras, mas pede que PT faça 'avaliação profunda' Reforma ministerial Outro motivo para essa disputa interna, segundo o blog apurou, é sobre o futuro de Gleisi dentro do governador. Ao deixar o comando do partido, um deputado federal poderia ser acomodado na Esplanada dos Ministérios. Para os que são contrários a Gleisi, o presidente do PT estaria defendendo o nome Guimarães no comando porque sabe que não vai levar e que seria uma estratégia para levar outro combo: a cozinha do Palácio do Planalto. Ou seja, ela na vaga de Márcio Macedo, que é secretário-geral do governo, e Guimarães na articulação política no lugar de Padilha. Uma mudança que seria de interesse do Centrão, que tem mais profundidade com Guimarães do que com Padilha. Dessa forma, Gleisi manteria o poder no governo mesmo fora do comando do PT. Alianças pragmáticas Fontes dentro do PT dizem que ao falar sobre o desempenho do partido nas eleições, Padilha estaria se colocando em xeque a gestão de Hoffmann à frente do PT. Sendo que ela esteve no comando do partido desde o seu pior momento, que foi a Operação Lava Jato, prisão de Lula e eleição de Bolsonaro. Gleisi é vista como fundamental para “animar a tropa” e trazer o partido até o momento da eleição de Lula em 2022. No entanto, membros do PT apontam que falta articulações do partido para fazer alianças pragmáticas. Gleisi se defende, dizendo que ampliou as alianças nos últimos anos. O entendimento dos críticos é que as alianças devem ir para os partidos do centro e não se concentrarem na esquerda, como foi feito na eleição de São Paulo em 2024, nas chamadas Boulos (Psol) e Marta Suplicy (PT). Depois das eleições legislativas, clima azedou entre Padilha e Gleisi

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