Ministro participou de sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado para falar sobre combate a incêndios na Amazônia e no Pantanal em meio à estimativa histórica. Incêndio na Amazônia Adriano Machado/Reuters A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (4) que os dados apontam uma mudança no “perfil” dos incêndios que afetam a Floresta Amazônica. Segundo Marina, com o avanço da crise climática, a Amazônia vem perdendo umidade. E se isso continuar, pode inclusive ficar vulnerável a incêndios naturais. 🔥 A principal causa de um incêndio natural é a descarga elétrica de uma tempestade de raios. É uma ocorrência comum em matas secas como no Cerrado – mas não na Amazônia, que é uma floresta tropical úmida. Marina participou de uma sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado nesta quarta para falar sobre as queimadas e a estiagem prolongada que afetam a maior parte do país – com prejuízo maior ao Pantanal e à Amazônia. Esforço é para 'empatar o jogo' A ministra disse ainda que o esforço do governo federal no enfrentamento às queimadas e à seca histórica no país é para “empatar o jogo” – ou seja, para mitigar os danos e reverter o que ela chama de jogo “condições muito desfavoráveis”. Segundo Marina, o trabalho feito pelo governo desde janeiro de 2023 evitou uma “situação totalmente incontrolável”. “Eu diria que o esforço que está sendo feito nesse momento é de tentar ‘empatar o jogo’, com essas condições totalmente desfavoráveis”, disse Marina. Queimadas e secas Em agosto, o Brasil registrou o maior número de focos de queimadas desde 2010. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 68.635 registros. De acordo com o Inpe, mais de 80% desses focos ocorrem na Amazônia e no Cerrado. A marca é a quinta pior, desde o início da coleta pelo Inpe, para o período. E os números também são maiores do que o total distribuído em agosto de 2023. Em comparação direta com o mesmo mês, os focos de queimados pelo país dobraram — eram 28.056 no último ano. As queimadas não são as únicas ocorrências climáticas no Brasil. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), o país também enfrentou uma maior seca desde 1950. A estimativa tem afetado, de acordo com o órgão, todo o país, com exceção do Rio Grande do Sul. Nas últimas semanas, uma face mais visível das queimadas e do clima seco atingido parte do país. Cidades ficaram cobertas por fumaças, que tiveram, segundo especialistas, origem em incêndios florestais de regiões como a Amazônia e o Pantanal.
Deixe o Seu Comentário