Vasques está preso desde o começo de agosto, suspeito de interferir nas eleições de 2022.
Para ministro, soltura poderia prejudicar investigações; defesa diz que vai recorrer da decisão. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou um pedido de revogação da prisão preventiva do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.
A TV Globo apurou que, segundo o ministro, diligências sobre o caso ainda estão em andamento. O ministro afirmou que Silvinei poderia oferecer riscos para a coleta de provas e para testemunhas da investigação, entre outros motivos.
A defesa do ex-diretor da PRF, no entanto, entende que não há fundamentação jurídica para a prisão preventiva e a manutenção da mesma.
Os advogados disseram à TV Globo que vão recorrer contra a decisão e insistir para que Silvinei responda às acusações em liberdade.
Silvinei Vasques
Reprodução TV Globo
Prisão preventiva
Silvinei é investigado por suspeita de crime eleitoral, prevaricação e abuso de autoridade. Ele foi preso em 9 de agosto durante operação da Polícia Federal que investiga em operação sobre blitze no 2º turno das eleições 2022.
Segundo um relatório obtido pelo blog da Andréia Sadi no g1, entre 28 e 30 de outubro de 2022 — este último o dia do 2º turno –, a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula (PT) era favorito, contra 571 no Sudeste.
As abordagens descumpriram decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mapa mostra fiscalização da PRF entre 28 e 30/10/22 e a intenção de voto coletada em pesquisa Ipec divulgada em 29/10
Arte/g1
No dia 29, em meio às abordagens, Silvinei Vasques também fez um post em redes sociais pedindo votos para Jair Bolsonaro. Pelo episódio, Vasques se tornou réu por improbidade administrativa mesmo após apagar a postagem.
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