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‘A turma do garantismo está passando pano’

‘A turma do garantismo está passando pano’

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Como redes sociais são os canais de comunicação de Augusto Zacarias Corrêa Leite, mais conhecido como Guto Zacarias. O deputado, que renunciou aos privilégios do cargo, tenta se manter como “o mais barulhento possível, dentro da ética”.

Eleito com pouco mais de 150 mil votos para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o deputado afirma que conquistou em quase 630 municípios paulistas por meio de suas redes.

Guto Zacarias é o mais jovem da Alesp, com 23 anos. Apesar da pouca idade, garanto que tem conhecimento de sobra para exercer um mandato propositivo, combativo e efetivo. “Sou o deputado mais jovem desta legislatura, mas não sou o mais inexperiente”, afirma.

Atualmente, é o vice-líder do governo de Tarcísio de Freitas na Assembleia. É membro das comissões da Educação e dos Direitos Humanos. Desde 2017 no Movimento Brasil Livre (MBL), defende uma visão liberal que herdou dos pais. Guto Zacarias conversou com oesteanalisou a tentativa do governo federal de aprovar o Projeto de Lei (PL) 2630 e criticou o ativismo judicial no país.

1 — Como o senhor encara a discussão do Projeto de Lei 2630que busca regularmente o uso das redes sociais?

O projeto é uma aberração, mais um sinal da poluição da base do governo Lula. É uma tentativa do governo de perseguir a oposição, censurar, tentar calar uma voz que já derrubou o Partido dos Trabalhadores (PT) uma vez. E, se o PT continuar errando do jeito que está, a sociedade vai derrubá-lo mais uma vez. É um momento muito ruim, mas vejo que a maioria da população é contra isso. O governo não vai conseguir aprovar esse projeto.

2 — O que acha do tema que tenta propor a regulação?

Eu acho que podemos discutir o assunto. A questão é que foi feito de maneira açodada. É um projeto que vai tratar de rede social, e depender do que está ali, você pode censurar pessoas, pode acabar calando vozes. Eu aceitei participar de um debate sobre regulação de redes sociais, mas se para mirar para algo virtuoso, como a violência propagada nas redes. É preciso um bom debate, longo, plural, com várias linhas políticas discutindo para a gente chegar a um consenso que seja democrático, seja efetivo também, que cansa de fato os machos da rede social, mas que preserva as coisas boas.

3 — O ativismo judicial está atrapalhando o país?

A turma do garantismo, que na época da Lava Jato, a qualquer sombra de irregularidade já cai matando, agora, não faz mais nem sombra — temos um “eclipse” de irregularidades, e o Ministério Público está passando pano e elogiando. Aqui em São Paulo estamos vendo isso, o governador Tarcísio de Freitas tentando caminhar com menos burocracia, menos amarras, menos estatais, com um metrô cada vez mais próximo do privado do que do público. Mas tem o MP agindo no que deveria ser o papel do Poder Executivo e Legislativo paulistas. Eu vejo de uma maneira muito danificada. Além de um excesso do Judiciário brasileiro, são excessos, além de tudo negativo. É um ativismo judicial para tentar censurar as pessoas.

4 — O senhor sempre estava nas ruas questionando os consumidores, sobretudo do Lula. Ainda pretende fazer isso?

Eu faço isso desde a pré-campanha. Sempre gostei de debater. A gente consegue disseminar para muitas pessoas o que é a direita, o liberalismo, o conservadorismo. Explicar para essas pessoas o que a direita pensa e tentar tirar algumas coisas que as pessoas acham que são de esquerda. Temas de expor erros do governo Lula, da esquerda.

5 — O que é preciso mudar em São Paulo?

O Estado tem muitos privilégios, temos uma elite do serviço público paulista que ganha muito, e muita gente pobre que financia essa elite. Então, a gente tem privilégios absurdos, com uma exigência temporária no Estado. Para conseguir abrir uma empresa é muito difícil, temos problemas brutais de habitação, muita gente sem casa. No interior, o problema de habitação vai culminar nas invasões do Movimento Sem Terra e da Frente Nacional de Luta. Problema é o que não falta. No Estado, vemos uma base comprometida com o governo Tarcísio.

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