As eleições nos Estados Unidos estão marcadas para a próxima terça-feira (5). O candidato democrata enfrentará Donald Trump, do Partido Republicano. Kamala Harris e Luiz Inácio Lula da Silva em montagem feita pelo g1 Hannah McKay/Reuters e TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (1º) que uma vitória da candidatura Kamala Harris nas eleições dos Estados Unidos (EUA) representa um caminho mais “seguro para fortalecer a democracia”. As eleições norte-americanas estão marcadas para a próxima terça-feira (5). A candidatura democrata, que conta com a torcida de Lula, vai enfrentar o ex-presidente Donald Trump, do partido Republicano. “Com Kamala Harris é muito mais seguro para as pessoas fortalecerem a democracia. Nós vimos o que foi o presidente Trump […]aquele ataque ao Capitólio. Uma coisa que era impensável acontecer nos EUA, porque se apresentou ao mundo como modelo de democracia. E esse modelo ruiu”, disse. Lula deu a declaração durante entrevista ao canal francês TF1, nesta tarde. O petista alegou que evita dar palpites sobre as eleições em outros países, mas que, como “um amante da democracia”, apoia a atual vice-presidente norte-americano. “Temos as mentiras destiladas todo santo dia. Não apenas nos Estados Unidos, mas na Europa, na América Latina, em vários países no mundo. É o nazismo e o fascismo voltando a funcionar com outra cara”, disse o petista. “E, como eu sou amante da democracia, acho a democracia a coisa mais sagrada que conseguimos construir para bem governar nossos países, eu, obviamente, fico torcendo para a Kamala ganhar as eleições”, concluiu o petista. Planalto preocupado com chance de vitória de Trump Kamala e Trump investem na campanha eleitoral para a TV De acordo com o colunista do g1 Gerson Camarotti, o Palácio do Planalto vê com recebimento a possibilidade de Donald Trump vencer o pleito norte-americano. Pesquisas mais recentes de intenção de voto nos Estados Unidos apontam uma disputa acirrada, com possibilidade de vitória do candidato republicano – o que deixou o núcleo duro do governo Lula pessimista. duas perspectivas: a política e a econômica. No campo da política, o recebimento brasileiro é de que a vitória de Trump gerou um efeito dominado em vários países, em especial nos latino-americanos, a exemplo do Brasil. Esses membros do governo lembram que em 2016, os republicanos saíram vitoriosos na disputa contra a democrata Hillary Clinton e, dois anos depois, Jair Bolsonaro venceu a corrida contra Fernando Haddad (PT) e foi eleito presidente brasileiro. A avaliação é de que o discurso de extrema direita de Trump tem potencial para influenciar o xadrez político internacional. Esse recebimento é externo, principalmente, pelo presidente Lula, que já fez vários discursos em fóruns mundiais sobre o que considera perigos do avanço da extrema-direita no mundo, como o crescimento de discursos de ódio e da xenofobia. A outra preocupação é com a economia brasileira. O Palácio do Planalto projeta que, com a vitória do republicano, uma tendência nos Estados Unidos é de valorização da moeda. E o reflexo do dólar valorizado é a pressão inflacionária no Brasil. Antevendo essa possibilidade, a equipe econômica brasileira tem reforçado o discurso pela necessidade de uma revisão de gastos públicos, com um pacote robusto de medidas, para que o governo possa fazer o seu dever de casa e cumprir as metas previstas no arcabouço fiscal.
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