O Google é uma empresa americana de tecnologia e publicidade on-line fundada em 1998 por Larry Page e Sergey Brin, na época estudantes de doutorado na Universidade de Stanford. Ele é conhecido por seu popular mecanismo de busca na internet, mas também oferece outros serviços, como Google Maps, Google Drive, Google Translate e YouTube.
No entanto, uma situação nada agradável aconteceu. A empresa foi processada pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ – Departamento de Justiça, na sigla em inglês). O objetivo do processo, que conta com a participação do governo federal e 8 estados, é fazer com que a companhia abra mão da divisão de publicidade.
Segundo promotores, o Google tem hoje um monopólio do segmento, o que, de acordo com as justificativas, resultou num mercado incompetente em que as verbas publicitárias que deveriam alimentar produtos de conteúdo acabaram sendo direcionados exclusivamente para o gigante das buscas.
O processo foi divulgado nesta terça-feira (24). A Alphabet, controladora da companhia, agora está incluída na segunda ação antitruste movida pelo governo norte-americano.
Entenda os processos
O primeiro processo foi aberto em 2020 e legal que o Google adota práticas ilegais e anticompetitivas no segmento de buscas. Já o novo processo mira no braço de intermediação publicitária da empresa. Com isso, ela se vê em meio a um desafio duplo, já que as ações atingem sua maior fonte de receita.
De acordo com o procurador-geral Merrick Garland, “por 15 anos, o Google seguiu um curso de conduta anticompetitiva que lhe permitiu interromper o desenvolvimento de tecnologias rivais, manipular a mecânica de leilões, isolar-se da competição e forçar anunciantes e editores a usar suas ferramentas”.
Já o porta-voz do Google disse que o processo “tenta escolher vencedores e perdedores no setor de tecnologia de publicidade altamente competitivo”.
“O DOJ está reforçando um argumento falho que retardaria a inovação, aumentaria as taxas de publicidade e dificultaria o crescimento de milhares de pequenas empresas e editoras”, afirmou o porta-voz.
O Google opera o mecanismo de busca mais popular e o maior site de streaming de vídeo on-line, o Youtube. Por esse motivo, viveram alegações de que ele mudou o mercado a seu favor. A empresa afirma que não tem planos de vender ou sair do negócio de tecnologia de anúncios, por isso contestou as reivindicações em ação movida pelos procuradores gerais do estado.
O processo contém 149 páginas e detalha o funcionamento interno das operações de tecnologia de anúncios do Google. O documento alegado que a empresa usou táticas anticompetitivas para aumentar a participação de mercado de seu próprio servidor de anúncios. Segundo o documento, ela é transmitida de anúncios em nome de sites, usando esse poder para forçar efetivamente os editores a disponibilizarem todos os seus espaços de anúncios para outra ferramenta do Google, chamada de AdX.
Deixe o Seu Comentário