O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou nesta segunda (15) a crise com o Congresso Nacional e atribuiu as derrotas do governo em votações recentes à falta de articulação política da própria base governista. O governo tem perdido votações importantes nas últimas semanas por, entre outros motivos, fortes críticas à atuação do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) no PL Antifacção e à indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula afirmou que mantém gratidão ao Legislativo pelos projetos de interesse do governo aprovados nos últimos três anos e apresentou falhas na condução política de seus líderes.
“Aquilo que não foi aprovado, possivelmente [foi] porque a gente não teve capacidade de convencê-los a aprovar”, disse durante um evento de apresentação da nova sede da ApexBrasil, em Brasília.
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O presidente também apontou divergências ideológicas como entraves no Congresso e voltou a criticar a derrubada de vetos ao projeto de licenciamento ambiental. Segundo ele, a decisão dos parlamentares prejudica os produtores rurais e flexibiliza as regras ambientais sensíveis ao setor agrícola.
“Quando o Congresso Nacional derrubou meus vetos, não pense que eu fiquei chateado. Eu não vou perder um milímetro. Quem vai perder são os empresários que exportam produtos agrícolas se estiverem cometendo bobagem de não alterações a questão climática”, disparou.
Lula foi além e afirmou que quando chegar uma “denúncia” da União Europeia ou “quando o Xi Jinping disser que não quer comprar porque está cometendo tal delito na floresta, eles [os parlamentares] que vão perder”.
Apesar das críticas pontuais, Lula fez questão de elogiar avanços legislativos considerados estratégicos pelo governo, “sobretudo pela questão da reforma tributária aprovada”. O petista ainda estendeu os afagos a banqueiros, empresários e agricultores que, segundo ele, “nunca foram tão bem tratados” por um governo.
Além dos temas políticos, o presidente citou planos de ampliar relações comerciais e interesse em levar empresas brasileiras para a Coreia do Sul. A fala teve foco no mercado estético do país asiático, visto como oportunidade de negócios para o Brasil.
O evento ainda destacou a abertura de 500 novos mercados internacionais entre 2023 e 2025, sob coordenação do Ministério da Agricultura e Pecuária.











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