O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que conversou com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, esclarecendo que não há “nenhuma decisão tomada sobre palanques, nem no Ceará nem em nenhum outro estado.” A conversa ocorreu nesta segunda-feira (1º), após um atrito entre Michelle e os filhos de Bolsonaro envolvendo a aproximação do PL cearense ao ex-ministro Ciro Gomes (PSDB). A declaração de Flávio ocorreu nesta terça-feira (2), em entrevista à CNN Brasil. De acordo com o senador, a decisão cabe a Bolsonaro, que ainda não deu a palavra final.
Sobre o atrito, Flávio disse que prefere “enxergar o que aconteceu pelo lado bom, de dar um freio de arrumação para que pensem juntos o melhor a fazer todos com foco na estratégia nacional, porque temos um Brasil para redemocratizar”.
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Após fala em evento, Flávio disse que Michelle tentou atropelar Bolsonaro
Durante o lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (PL-CE) ao governo do estado, Michelle focou na presença do deputado federal André Fernandes (PL-CE) no evento de filiação de Ciro ao PSDB. Com isso, ela criticou o apoio ao ex-ministro: “Eu adoro o André […]mas fazer aliança com o homem que é contra o maior líder da direita? isso não dá. Vou falar uma coisa: nós vamos nos levantar, nós vamos nos levantar e nós vamos trabalhar para eleger o Girão.”
André Fernandes rebateu: “A esposa do ex-presidente Bolsonaro vem aqui e diz que fizemos a correção errada, sendo que o próprio presidente, no dia 29 de maio, pediu para ligarmos para Ciro Gomes no viva-voz e obteve sucesso que apoiaríamos o Ciro.”
Após a divergência, Flávio concedeu entrevista ao portal Metrópolesocasião em que criticou Michelle, acusando-a de atropelar Bolsonaro, “que havia autorizado o movimento do deputado André Fernandes no Ceará”. O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ) endossou uma crítica. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) classificou o ocorrido como “injusto e desrespeitoso com o André Fernandes”.
Em meio à controvérsia, Michelle divulgou nota pedindo perdão aos enteados: “Não foi minha intenção contrariá-los”, esclareceu. Mesmo assim, a ex-primeira-dama manteve seu posicionamento contrário ao apoio a Ciro: “seria o mesmo que trocar Joseph Stalin por Vladimir Lenin”.
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