O ex-presidente Jair Bolsonaro admitiu que usou um ferro de solda para tentar soltar a tornozeleira eletrônica ainda no final da tarde desta sexta-feira (21). Segundo ele, por curiosidade. 

– O senhor usou alguma coisa para queimar isso aqui?
– Meti um ferro quente aí.
– Ferro quente?
– Curiosidade.
-Que ferro foi? Ferro de passar?
– Não. Ferro de soldar.
– Ferro de solda? Aquele que tem uma ponta?
-Sim
– O senhor tentou puxar a pulseira também?
– Não. Não rompi a pulseira não, fica tranquila.
– Que horas o senhor começou a fazer isso, sr. Jair?
– Final da tarde.
Esse diálogo é do vídeo anexado ao processo e mostra o momento em que a diretora-adjunta da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap), Rita Gaio, questiona Bolsonaro. O relatório da Seap alega que às 00h07 deste sábado o sistema gerou um alerta de violação do dispositivo. Contudo, a equipe foi à casa de Jair Bolsonaro. E pegou o ex-presidente que ele tinha batido a tornozeleira na escada.
Ao verificar o dispositivo, foi atestado que o aparelho estava com sinais claros de avaria, com “marcas de queimadura em todas as suas especificações, no local de encaixe/fechamento do case”. É o que diz o relatório. Depois disso, a tornozeleira foi elevada. A que tinha sido quebrada foi recolhida. Logo em seguida, veio o despacho do ministro Alexandre de Moraes determinando a prisão preventiva.
Jair Bolsonaro recebeu a visita de advogados, que informaram que iriam solicitar a decisão. A defesa ainda terá 24 horas para explicar ao STF essa tentativa de violar a tornozeleira eletrônica. Decisão do ministro Alexandre de Moraes, que ainda retirou o sigilo do despacho, do relatório da Seap e do vídeo.










Deixe o Seu Comentário