
Após meses de relatos e denúncias nas redes sociais, a ditadura de Cuba finalmente admitiu na semana passada que a ilha enfrentava epidemias de dengue, chikungunya e outras arboviroses.
Nesta quarta-feira (19), o diretor nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde Pública, Francisco Durán, declarou na televisão estatal que 47.125 pessoas estão atualmente hospitalizadas em Cuba devido a essas doenças, um salto em relação aos mais de 20 mil casos que o regime castrista havia identificado anteriormente.
Porém, segundo informações da agência EFE, Durán admitiu que este dado também está muito aquém da realidade dessas enfermidades na ilha.
“Os números coletados nas estatísticas nem sempre se referem à realidade, porque muitas pessoas não procuram atendimento médico e nem todos os casos são registrados”, disse o diretor.
O próprio Durán estimou na semana passada que mais de 30% da população cubana estava infectada com dengue e/ou chikungunya, o que representaria cerca de 3,6 milhões de pessoas, um cenário que é agravado pela incompetência do regime cubano e pela falta de recursos para enfrentar as epidemias.
“Você sabia que Cuba enfrenta uma emergência sanitária total? Quase um terço da população é afetada por doenças como dengue e chikungunya, surtos agravados pela infraestrutura precária e pela deficiência crônica do país”, afirmou no X a ONG Fundação pelos Direitos Humanos de Cuba.
No começo de novembro, outra ONG, o Observatório Cubano de Conflitos (OCC), chamou de “genocídio silencioso” como falhas na resposta às epidemias nacionais de dengue, chikungunya e outras arboviroses.
“Após analisar a crise, o Observatório Cubano de Conflitos considera que a forma como a elite do poder fomentou essa catástrofe configura um genocídio silencioso, com novo vírus [em circulação] e um número ainda indeterminado de mortes, mas certamente muito superior, como anexamos aqui, às três reconhecidas até o momento pelos altos funcionários da Saúde Pública”, destacou a ONG.










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