
Após aprovação de seu substitutivo para o projeto antifacção, o deputado Guilherme Derrite (PP-SP) afirmou nesta terça-feira (18) que “não quis” se reunir com o governo Lula (PT) para considerar o texto original “fraco” e “benevolente com o crime organizado”. A Câmara dos Deputados aprovou a sexta versão do parecer de Derrite para o PL antifacção por 370 votos a 110.
“O governo não tinha intenção de debater um projeto para o país. Queria politizar. Escolheu distorcer a atacar. Preferiu criar mentiras e falsas narrativas ao invés de discutir soluções”, afirmou o parlamentar.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), confirmou que o relator se escolheu para debater o tema com os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). “Temos certeza de que esse relatório vai ser desmoralizado e vai abrir caminho para as nulidades”, destacou o líder.
Pouco antes da votação, o ministro classificou as diversas versões do parecer de Derrite como uma “lambança legislativa” que beneficiará as facções. “Achamos realmente que foi muito ruim apresentar seis relatórios de forma atabalhoada e não se reunir com ninguém”, disse Gleisi aos jornalistas. Ela destacou que o substitutivo aprovado “está cheio de inconstitucionalidades”.
O governo aposta em mudanças na matéria durante a tramitação no Senado. “Espero que no Senado a gente possa fazer uma discussão mais aprofundada do que a que foi feita na Câmara. Porque de fato nós estamos aí há duas semanas vendo o relator atabalhoadamente mandar um relatório após o outro. Recuando, se contradizendo, ou seja, mostrando que realmente não tinha preparo para relatar uma matéria como essa”, acrescentou o ministro.











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