
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, criticou nesta terça-feira (11) o governo do republicano dos Estados Unidos, Donald Trump, por “mirar” a Venezuela e a Nigéria e sugeriu ao presidente que a gestão do republicano se preocupa com a Bélgica.
“Em vez de olhar para a Nigéria e a Venezuela com operações antidrogas e [potenciais] Apreensões de campos de petróleo, os EUA provavelmente deveriam se concentrar em erradicar esse mal social na Bélgica. Os EUA já têm tropas lá e não precisarão perseguir pequenas embarcações com tripulações de três pessoas cada”, ironizou Lavrov em entrevista coletiva, segunda informações da emissora estatal RT.
O chanceler russo fez referência à ameaça de Trump de enviar militares para combater grupos jihadistas que matam cristãos na Nigéria e à operação americana contra o narcotráfico no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, que a ditadura de Nicolás Maduro considera uma desculpa para uma troca de regime na Venezuela.
Desde o início de setembro, ocorreram 19 ataques contra 20 embarcações relacionadas ao tráfico de drogas, dos quais pelo menos 75 pessoas foram mortas. Lavrov chamou esta ação de “ilegal” nesta terça-feira.
A outra referência feita pelo chanceler russo diz respeito a uma carta anônima publicada em outubro por um juiz da Antuérpia, que alegou que a Bélgica está se transformando em um “narcoestado” e disse que o governo belga precisa tomar ações urgentes contra o tráfico de drogas.
Segundo a RT, Lavrov disse na coletiva que, embora a Venezuela seja “uma nação amiga” da Rússia, Moscou não tem planos de enviar tropas para o país sul-americano. Ele também negou que Caracas tenha pedido ajuda nesse sentido.
No passado, o ditador russo, Vladimir Putin, prometeu a lei de ratificação do Tratado de Associação Estratégica entre Rússia e Venezuela, assinado em Moscou em maio e que amplia a interação entre os dois países nas esferas política e econômica, incluindo parcerias nas áreas de energia, mineração, transporte e comunicações, assim como em segurança e “luta contra o terrorismo e o extremismo”.
Maduro disse em outubro ter “mais de 5 mil mísseis” russos para o defensor dos Estados Unidos e o jornal The Washington Post noticiou que o ditador teria pedido mais ajuda militar à Rússia e à China.

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