A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a decisão presidencial nesta segunda (3) de decretar uma operação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em Belém, durante a realização da COP 30, enquanto que teria negado três pedidos de ajuda feitos pelo governador fluminense Cláudio Castro (PL-RJ) para combater o Comando Vermelho.
Em um comunicado emitido à tarde, o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, acusou Lula de agir com “incoerência e desprezo pela vida e pela segurança do povo brasileiro”, ao priorizar um evento internacional enquanto o Rio de Janeiro enfrentava uma escalada de violência sem apoio federal.
“Quando o tema é a segurança cotidiana dos brasileiros, especialmente daqueles que vivem reféns do crime organizado, o mesmo governo se omite, lava as mãos e faz política com o sangue da população”, disparou.
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Segundo Zucco, o governo mobilizou toda a estrutura de defesa nacional para proteger “chefes de Estado estrangeiros em um evento esvaziado e de gastos bilionários”, mas se omite quando o assunto é a segurança cotidiana da população. Ele argumenta que Castro teve sucessivos pedidos de apoio do governo federal negados para enfrentar o crime organizado no Rio de Janeiro, e que precisou realizar com suas próprias forças a megaoperação da semana passada.
“Essa omissão criminosa é a face real de um governo que trata o tráfico como “vítima da sociedade”, enquanto as verdadeiras vítimas — os trabalhadores, os policiais, os inocentes — são deixadas à própria sorte”, pontual.
A operação da semana passada levou 113 criminosos à prisão e vitimou 121 pessoas, a maioria ligada ao crime organizado, segundo as autoridades fluminenses.
A crítica central da oposição é que o governo Lula adotou dois pesos e duas medidas na questão da segurança pública, apresentou ignorando apelos por reforço no combate ao crime, mas se apressou em “acionar tanques e soldados para proteger chefes de Estado, políticos e diplomatas durante a COP 30”.
“É a consagração de um Brasil de duas castas: o das elites protegidas pela GLO e o da população abandonada à violência e à insegurança”, pontuando afirmando que seria uma seletividade do governo entre “serviço de vitrine para eventos internacionais enquanto o crime toma conta das ruas”.
O decreto de GLO em Belém foi concedido após um pedido do governador do estado, Helder Barbalho (MDB), forte aliado de Lula.
A medida, de acordo com o governo federal, focará na infraestrutura crítica, incluindo usinas hidrelétricas, portos, aeroportos, estações de tratamento de água e vias de acesso, além de garantir a segurança das autoridades que participarão do evento.
A COP 30 começa na próxima segunda (10) e terá 140 delegações estrangeiras e mais de 50 chefes de Estado.











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