
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu manter o general Walter Souza Braga Netto preso. A decisão é desta segunda-feira, e ocorre como exigência legal de revisão da prisão preventiva a cada 90 dias, de ofício (sem pedido prévio).
Na decisão, o ministro relembra que já negociou pedidos de liberdade geral por três vezes. Para manter a prisão, ele cita o termo do julgamento de Braga Netto por suposta tentativa de golpe de Estado, além do “fundado recebimento de fuga do réu”, apontando a saída do país de réus do 8 de janeiro como precedente. Nas palavras de Moraes, “o término do julgamento do mérito da presente Ação Penal e o fundado recebimento de fuga do réu, como vem ocorrendo reiteradamente em situações análogas nas condenações referentes ao dia 01/08/2023, autorizam a manutenção da prisão preventiva para garantia efetiva da aplicação da lei penal.”
Braga Netto está preso preventivamente desde 14 de dezembro de 2024 (324 dias). Em 11 de setembro de 2025, a Primeira Turma do STF condenou Braga Netto a 26 anos de prisão, além de mais de R$ 133 mil em multa. Foi a segunda maior pena aplicada, atrás apenas das declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão. O colegiado deverá analisar um recurso de Bolsonaro na sexta-feira (7). Aliados já falam em uma possível prisão na próxima semana.
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Moraes votou e Primeira Turma aprovou segunda pena maior do núcleo 1 em Braga Netto
Braga Netto e Bolsonaro integraram o chamado núcleo 1, também referido como “núcleo crucial”, que teria chefiado a suposta tentativa de golpe. Além deste, o STF já julgou também o núcleo 4, também chamado de “núcleo de desinformação”, composto principalmente por militares. Faltam os julgamentos dos núcleos 2 e 3. Todos os quatro núcleos possuem Moraes como relator.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), no entanto, já preparou uma denúncia envolvendo um quinto núcleo. Nele, porém, há apenas um denunciado: o jornalista Paulo Figueiredo. A Primeira Turma ainda não analisou se recebeu ou não houve denúncia do núcleo 5.











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