
Veja como foi a despedida de William Bonner do Jornal Nacional e a chegada de César Tralli William Bonner se despediu do “Jornal Nacional” nesta sexta-feira (31), encerrando uma trajetória de 29 anos na bancada — 26 deles também como editor-chefe. O jornalista deixa o posto como a âncora mais longevo da história do telejornal. Em 2026, ele irá se juntar a Sandra Annemberg no “Globo Repórter”. No fim de sua última edição, Bonner e Renata Vasconcellos receberam no estúdio César Tralli, que assumem o posto ao lado de Renata a partir de segunda-feira (3). Cristiana Sousa Cruz, até então editora-chefe adjunta do JN e parceira de Bonner há seis anos, será a nova editora-chefe. A passagem de bastão contorno ainda com registros da trajetória de Tralli no jornalismo. Ao longo de 32 anos na Globo, ele atuou como: repórter em coberturas para telejornais locais e da rede, repórter investigativo, correspondente internacional em Londres e apresentador. Foi titular do “SP1”, da “Edição das 18”, da GloboNews e do “Jornal Hoje”, antes de assumir oficialmente a bancada do “Jornal Nacional”. Algumas de suas coberturas mais marcantes ao longo de três décadas são a morte de Ayrton Senna (1994) e da Princesa Diana (1997), terremoto na Turquia (1999), os atentados terroristas em Nova York (2001), Copa do Mundo da Alemanha (2006), greve de ônibus em São Paulo (2017) e de caminhoneiros no Brasil (2018), Guerra na Ucrânia (2022), as enchentes no Rio Grande do Sul (2024) e a eleição do novo papa Leão XIV (2025), entre muitas outras. Entrevista com William Bonner O apresentador William Bonner Divulgação Depois de quase 40 anos no telejornalismo diário, qual a expectativa de seguir um caminho inédito no ‘Globo Repórter’? Minhas expectativas são todas muito energizantes. Atuar como repórter, na contramão do que foi minha carreira profissional – que, por sua vez, foi na contramão do que é habitual para âncoras. O começo na reportagem é mais comum do que chegar à TV já como apresentador. Outra expectativa é sobre a própria apresentação, ao lado de Sandra. O ‘Globo Repórter’ difere dos telejornais diários por não ter a adrenalina das hard news. É um convite à contemplação, de uma forma bem mais descontraída. Espero que a nossa postura combine com esse clima – o que signifique uma mudança bem sensível naquilo que tenho feito ao longo de 40 anos. E tenho a expectativa de usufruir da agenda menos agitada do que aquela que a apresentação e a chefia da edição do JN exigiam esses anos todos. O que o público pode esperar de você nesse novo formato? A energia, o prazer de trabalhar e o orgulho de um profissional que desejava há muito tempo encontrar o público do ‘Globo Repórter’. Além de apresentar o ‘Globo Repórter’ com Sandra Annenberg, você também fará reportagens para o programa. Já pensa em temas ou territórios que gostaria de explorar? Já sugeri dois temas e foram bem recebidos. Um deles já está em fase de pré-produção. Não penso em territórios específicos para exploração. Mas tenho um anseio enorme de encontrar pessoas e conversar com elas diretamente. Com tantos anos dedicados ao jornalismo diário e absoluto compromisso com o jornalismo profissional, que mensagem você gostaria de deixar para o público do ‘Jornal Nacional’ e já antecipar para quem acompanha o ‘Globo Repórter’? Ao público do ‘Jornal Nacional’, eu agradeço imensamente a confiança nesses 29 anos em que tive a honra de integrar aquela equipe. A quem me aguarda no ‘Globo Repórter’, peço paciência com meu aprendizado, porque sinto como se eu estivesse iniciando uma carreira nova. E a todos os telespectadores manifestam a verdade de que nós, membros do jornalismo da Globo, temos a noção exata de nossa responsabilidade no exercício dessa profissão tão bonita e tão necessária. Entrevista com César Tralli César Tralli na bancada do Jornal Nacional Jornal Nacional/ Reprodução O que representa para você estar à frente do principal telejornal do país? Representa uma tremenda responsabilidade e uma imensa felicidade ao mesmo tempo. Eu me sinto muito grato pela oportunidade. Tenho absoluta noção do quanto eu vou ter que me dedicar para honrar essa camisa chamada JN. Mas me sinto muito preparado e pronto para essa missão. Você tem ampla acomodação como correspondente, repórter, repórter investigativo, apresentador de televisão. Que aprendizados você leva para essa nova etapa? A perseverança do cotidiano, a determinação e a humildade. Eu brinco que no jornalismo não tem saldo de gols. Então, todo dia você começa do zero a zero. Você pode fazer uma edição histórica, marcar um golaço e no dia seguinte começa tudo de novo, com a preocupação em não errar e em fazer o jornalismo mais bem aprofundado possível. É essa lição que eu levo para o JN: da perseverança, determinação, humildade e vontade de fazer bem-feito. Quais são suas expectativas para essa nova fase no ‘Jornal Nacional’? Quero me relacionar muito bem com todos da equipe, entender a dinâmica do JN, o funcionamento dele no cotidiano e, na medida do possível, contribuir o máximo que eu puder e agregar valor mesmo. Vamos seguir rigorosamente aquilo que o JN é tradicional: um telejornal absolutamente reconhecido, vitorioso e cheio de acréscimos. Que mensagem você gostaria de deixar para o público que acompanha o ‘Jornal Nacional’ diariamente? Que eles continuam assistindo ao JN, que vão encontrar um apresentador que vai apresentar as notícias com muito amor, muita dedicação e honrando muito todo esse legado do ‘Jornal Nacional’.











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