O governo Lula (PT) autorizou nesta terça-feira (28) a transferência de presos vinculados ao Comando Vermelho (CV) do Rio de Janeiro para presídios federais de segurança máxima. A solicitação foi feita pelo governador Cláudio Castro (PL) após uma megaoperação policial contra uma facção criminosa.
Castro disse ter recebido um relatório organizado pelas polícias Civil e Penal com os nomes das 10 “maiores lideranças, que de dentro das cadeias ajudam a provocar todo o terror” no Rio. “Acreditando que política de segurança pública se faz com diálogo e integração, pedi ao governo federal 10 vagas para transferência imediata desses 10 crimes de maior periculosidade”, afirmou o governador nas redes sociais.
Em nota, o governo afirmou que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, entrou em contato com Castro e “comunicou a disponibilidade de vagas em presídios federais para receber os presos”. Além disso, Costa solicita uma reunião de emergência na capital fluminense com o governador e com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, nesta quarta-feira (29).
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O presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) realizou nesta tarde uma reunião de emergência para monitorar os desdobramentos da operação policial ocorrida no Rio de Janeiro.
O encontro convocado por Alckmin contou com a participação dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Macaé Evaristo (Direitos Humanos), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social) e do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos.
O Brasil tem 5 presídios federais; primeira fuga ocorreu em 2024
O Sistema Penitenciário Federal (SPF), coordenado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), é um regime de execução penal voltado ao combate ao crime organizado, com objetivo de isolar as lideranças criminosas e os presos de alta periculosidade.
Atualmente, existem 5 penitenciárias federais no Brasil, opções como presídios de segurança máxima: Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS), Brasília (DF) e Catanduvas (PR).
A primeira e única fuga registrada em uma unidade de segurança máxima ocorreu em fevereiro de 2024, quando dois presos vinculados ao Comando Vermelho, do Acre, fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró por um buraco na parede da cela.
A operação para recapturar os dois durou 50 dias e custou pelo menos R$ 6 milhões aos cofres públicos. Os fugitivos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça foram encontrados a 2,6 mil quilômetros de distância de Mossoró, em Marabá (PA).
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