
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) completou, nesta segunda-feira (27), 90 dias antes. Ela está na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, e aguarda uma resposta da justiça italiana ao pedido de extradição feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Em 29 de maio, um mês antes de ser presa, Zambelli pediu licença de seu mandato, por 127 dias. A licença colocou o deputado federal Missionário José Olímpio (PL-SP) em seu lugar. Em 2 de outubro, no entanto, a licença da deputada terminou, e Olímpio teve de deixar a carga. Agora, Zambelli está oficialmente em exercício, mas acumulando faltas. A previsão é de que um parlamentar termine o ano com 31 faltas não justificadas.
Enquanto isso, tramita na Câmara um processo de cassação do mandato de Carla Zambelli. A pauta está parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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Zambelli é acusado de contratar hacker
Carla Zambelli é acusada de contratar o hacker Walter Delgatti Neto para invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça. A invasão de fato ocorrido gerou um mandado de prisão falso contra Alexandre de Moraes.
Após sua exposição pelo suposto financiamento da Delgatti, Zambelli deixou o país e foi para a Itália, país em que tem cidadania. Ela foi presa pela polícia italiana, após Moraes determinar a inclusão de seu nome na lista da Interpol.
O pedido de extradição ainda está em análise, mas o Ministério Público da Itália já se manifestou favoravelmente ao pedido de Moraes. A oposição apela à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), afirmando que não há provas de que Zambelli tenha financiado o ataque hacker ao sistema do CNJ.
UM Gazeta do Povo Entrei em contato com a defesa de Carla Zambelli, para que se manifestasse. O espaço segue aberto.











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