O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), recém-nomeado ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, negou nesta quarta (22) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o tenha proibido de disputar as eleições de 2026 para cuidar da sua articulação com os movimentos sociais. De acordo com ele, a “perspectiva” é de permanecer no governo até o final, mas que uma eventual candidatura só será decidida no ano que vem.
Segundo o ministro, não faria sentido assumir uma função agora, em outubro, e deixá-la em poucos meses para cumprir o prazo de desincompatibilização exigido pela lei eleitoral, que obriga quem ocupa cargas no Executivo a se afastar até abril de 2026 caso deseja concorrer.
“É uma questão de habilidade eu entrar no governo agora em outubro para sair em abril, que é o prazo para desincompatibilizar para ser candidato. Que trabalho que você consegue fazer com começo, meio e fim? Não é nenhum combinado”, disse em entrevista à GloboNews.
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Apesar da negativa, Boulos afirmou que uma eventual candidatura foi tratada em conversas com o presidente, inclusive a possibilidade de disputar o Senado por São Paulo. Mesmo assim, prefiro adiar a definição.
“As definições eleitorais, elas se dão no ano que vem, quando se fechar os palanques”, pontuando citando que a missão, neste momento, é de “rodar todos os estados do país” e “discutir com o povo as prioridades”, o que indica que terá uma atuação estratégica para o governo.
A proximidade de Boulos com movimentos sociais, especialmente o MTST, reforça a leitura de que o Palácio do Planalto aposta na capacidade do novo ministro de dialogar com bases mais à esquerda e com setores populares.
Embora tenha perdido a disputa pela prefeitura de São Paulo em 2024 para o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), Boulos segue como um dos principais nomes da esquerda no estado. Em 2022, foi o deputado federal mais votado do estado com mais de um milhão de votos, o que o mantém como potencial candidato a cargos majoritários no futuro.











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