
Os últimos corpos devolvidos pelo Hamas na noite de terça-feira (21) foram identificados como sendo dos reféns Arie Zalmanovich, com 85 anos na época do sequestro, e Tamir Adar, com 38 anos na época dos ataques terroristas, segundo o Centro Médico Forense Abu Kabir, em Yafa, no sul de Israel.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou a identificação dos corpos nesta quarta-feira (22) e expressou pesar profundo por suas famílias, “bem como pelas famílias de todos os reféns mortos”.
Zalmanovich era o refém mais idoso preso em cativeiro pelo Hamas. Terroristas de Gaza o sequestraram vivos de sua casa na comunidade agrícola de Nir Oz, perto da fronteira com Gaza, em 7 de outubro de 2023.
A vítima israelense foi presa pelos agressores enquanto buscava abrigo em um quarto protegido de sua casa. Ele chegou a enviar uma mensagem para um de seus filhos, informando que terroristas haviam invadido a comunidade onde morava.
Posteriormente, divulgou imagens de Zalmanovich sendo levado em uma moto para Gaza, com sangramentos pelo corpo. Segundo os militares israelenses, ele foi morto enquanto estava em cativeiro, deixando dois filhos e cinco netos.
Outro refém que disse ter ficado próximo do idoso durante o cativeiro, Farhan al-Qadi, revelou à imprensa israelense que o homem de 85 anos era diabético e teria morrido por negligência dos terroristas, desnutrição e falta de tratamento médico.
Já Tamir Adar foi assassinado aos 38 anos por terroristas durante os ataques de 7 de outubro, segundo a associação que representa as famílias dos reféns. Ele confrontou os agressores de Gaza em Nir Oz, onde era coordenador da equipe de segurança da vila.
“Ele deixa esposa e dois filhos, pais, dois irmãos e uma irmã”, afirmou o exército israelense em seu comunicado confirmando seu retorno ao país. Sua avó, Yaffa Adar, também foi sequestrada viva em 7 de outubro de 2023, embora o Hamas tenha liberdade durante a primeira trégua no final de novembro de 2023.
Até o momento, o Hamas e outras organizações terroristas de Gaza devolveram os corpos de 15 reféns em Gaza no total, deixando 13 em sua posse. Os últimos 20 sobreviventes mantidos em cativeiro retornaram para Israel no dia 13.
Cesar-fogo está fragilizado por troca de ataques em Gaza
Na terça-feira, o Exército israelense afirmou que dois soldados atacaram feridos depois que o tanque em que foi atingido por um dispositivo explosivo em Khan Younis, no sul do enclave palestino.
Os dois militares foram levados para um hospital, onde receberam tratamento médico, afirmaram as Forças de Defesa (FDI).
Nos últimos dias, outros confrontos aparentes testaram o frágil acordo de cessar-fogo implementado no último dia 10. Israel atingiu diferentes alvos em Gaza no final da semana, depois de identificarem ameaças na área em que mantém suas tropas.
Segundo o jornal Times of Israel, homens armados emergiram de um túnel em Rafah e lançaram RPGs contra os militares, matando dois soldados: o major Yaniv Kula, de 26 anos, e o sargento Itay Yavetz, de 21. Outros três feridos nos ataques.
Em resposta, Israel respondeu atingindo cerca de 20 alvos em Gaza, antes de anunciar que iriam retomar a implementação do acordo. O Hamas alegou que a contraofensiva deixou 45 pessoas mortas no enclave, número que não pôde ser verificado de forma independente e que não distinguiu terroristas e civis.
Trump mantém pressão sobre grupo terrorista para cumprir acordo
Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que há países “aliados” que pretendem entrar na Faixa de Gaza com “força especial” caso o Hamas viole os termos do plano de paz previsto para Washington, e disse esperar que o grupo terrorista “faça a coisa certo”.
“Vários de nossos grandes aliados no Oriente Médio, e em áreas próximas, me informaram explícita e enfaticamente, com grande entusiasmo, que estariam interessados, se solicitados por mim, a entrar em Gaza com força especial e ‘endireitar o Hamas’ se ele continuar a agir incorretamente”, escreveu o mandatário americano na plataforma Truth Social.
O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, reuniu-se com Netanyahu nesta quarta-feira, em Jerusalém, durante sua viagem a Israel para supervisionar a implementação do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, assinado por Israel e Hamas em 10 de outubro.
Vance aterrissou ontem em Israel para uma visita de dois dias, a primeira ao país desde sua nomeação, e foi, junto com o enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e com Jared Kushner, gênero do presidente americano, Donald Trump, a um novo Centro de Coordenação Civil e Militar localizado em uma cidade próxima a Gaza.

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