Sardinha: quem é o chefe do tráfico da Cidade de Deus, que aproveitou as regalias na cadeia e fugiu após a ‘saidinha’ do Dia dos Pais

Sardinha: quem é o chefe do tráfico da Cidade de Deus, que aproveitou as regalias na cadeia e fugiu após a ‘saidinha’ do Dia dos Pais
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Disque Denúncia pede informações sobre o paradeiro de Sardinha Divulgação A última quinta-feira (16) foi marcada por cenas de guerra em bairros da Zona Sudoeste do Rio. Uma operação conjunta do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do 18º BPM (Jacarepaguá) tinha como objetivo capturar Luciano da Silva Teixeira, o Sardinha, apontado como chefe do tráfico na Cidade de Deus. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça A ação ocorreu após a inteligência da polícia identificar que Sardinha havia deixado o Complexo da Penha, onde se escondia, para comemorar seu aniversário em uma casa no Tirol. Mais de 20 homens armados estavam na festa. Houve intensa troca de tiros, prisões e feridos, mas Sardinha conseguiu escapar e, até as 20h, foi processado em uma área de mata próxima à comunidade. À mando do traficante, os criminosos sequestraram ônibus e bloquearam vias com os veículos. Ao menos nove coletivos foram usados ​​como barricadas — sete na Cidade de Deus e dois no Tirol —, segundo a Polícia Militar. Os tiroteios e os bloqueios provocaram pânico entre os moradores. Cidade de Deus e Tirol têm tiroteios e ônibus usados ​​como barricadas; trânsito é ruim na região Condenado a 24 anos, 2 meses e 13 dias de prisão, Sardinha já cumpriu cerca de 13 anos e ainda precisa cumprir 11. Ele responde por homicídio qualificado, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo, recepção e resistência. Ataque à UPP e captura em 2014 Sardinha foi preso pela primeira vez em agosto de 2014, aos 31 anos, em uma operação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Chatuba, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. O setor de inteligência da polícia descobriu que o traficante se escondia em uma casa na localidade conhecida como Caracol. Durante dois dias, os agentes patrulharam uma área com uma foto dele até conseguir capturá-lo. Luciano da Silva Teixeira, conhecido como Sardinha, seria o chefe do tráfico na Cidade de Deus Reprodução/Site Disque-Denúncia Na época, ele foi considerado o chefe do tráfico da Cidade de Deus, em Jacarepaguá, e era suspeito de ter comandado um ataque à UPP da comunidade meses antes, que deixou um policial militar ferido. Luciano tinha seis anotações criminais e um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas. A prisão foi registrada na 22ª DP (Penha). Regalias na prisão Em maio de 2019, quando cumpriu pena na Penitenciária Vicente Piragibe, Sardinha ganhou destaque novamente — desta vez por conta das regalias de que desfrutava na cadeia. Traficante preso aparece em fotos bebendo cerveja com uma mulher dentro da cadeia Uma operação da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) encontrou na cela do crime R$ 26,8 mil em espécie, 31 telefones celulares, roteadores wi-fi e grande quantidade de drogas: 99 trouxinhas de maconha; 1.050 balas de haxixe; e 332 papelotes de cocaína. Fotos obtidas pela polícia mostraram Sardinha bebendo cerveja, usando joias e posando com uma mulher dentro da unidade prisional. O caso provocou sua transferência imediata para o presídio de segurança máxima Bangu 1, também no Complexo de Gericinó. Traficante Sardinha ingerindo cerveja e aperitivos no interior do presídio Vicente Piragibe Reprodução Em depoimento, o traficante afirmou que o celular usado nas imagens foi emprestado por outro detento, que as latas de cerveja foram “encontradas no lixo” e que o cordão de ouro teria sido comprado dentro do presídio. Disse ainda que “não sabia” como as fotos vazadas. Sardinha já havia cumprido quase cinco anos quando as imagens vieram à tona. Mesmo depois de ter o regime semiaberto cassado pela Justiça, ele continuou detido em uma unidade destinada aos presos desse regime — situação que levantou questionamentos sobre falhas no sistema penitenciário. ‘Saidinha’ do Dia dos Pais O último capítulo da história de Sardinha começou em agosto de 2025. No dia 13, ele deixou o Instituto Penal Benjamim de Moraes Filho, no Complexo de Gericinó, beneficiado pela Visita Periódica ao Lar (VPL), conhecida como “saidinha” temporária, concedida por conta das comemorações do Dia dos Pais. Ele deveria retornar ao presídio no dia 16, mas não voltou. Desde então, está foragido. Traficante Luciano da Silva Teixeira, o Sardinha, no interior do presídio Vicente Piragibe Reprodução A Vara de Execuções Penais (VEP) expediu um mandado de prisão por recaptura referente a um processo de homicídio de 2003. Segundo o sistema penitenciário, ele é considerado um criminoso de altíssima periculosidade. Nesta quinta-feira (16), a polícia chegou perto de prendê-lo em uma casa no Tirol, onde comemorou o aniversário ao lado de comparações fortemente armadas. A operação, porém, terminou com tiroteios, ônibus incendiados e caos nas ruas.
Disque Denúncia pede informações sobre o paradeiro de Sardinha Divulgação A última quinta-feira (16) foi marcada por cenas de guerra em bairros da Zona Sudoeste do Rio. Uma operação conjunta do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do 18º BPM (Jacarepaguá) tinha como objetivo capturar Luciano da Silva Teixeira, o Sardinha, apontado como chefe do tráfico na Cidade de Deus. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça A ação ocorreu após a inteligência da polícia identificar que Sardinha havia deixado o Complexo da Penha, onde se escondia, para comemorar seu aniversário em uma casa no Tirol. Mais de 20 homens armados estavam na festa. Houve intensa troca de tiros, prisões e feridos, mas Sardinha conseguiu escapar e, até as 20h, foi processado em uma área de mata próxima à comunidade. À mando do traficante, os criminosos sequestraram ônibus e bloquearam vias com os veículos. Ao menos nove coletivos foram usados ​​como barricadas — sete na Cidade de Deus e dois no Tirol —, segundo a Polícia Militar. Os tiroteios e os bloqueios provocaram pânico entre os moradores. Cidade de Deus e Tirol têm tiroteios e ônibus usados ​​como barricadas; trânsito é ruim na região Condenado a 24 anos, 2 meses e 13 dias de prisão, Sardinha já cumpriu cerca de 13 anos e ainda precisa cumprir 11. Ele responde por homicídio qualificado, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo, recepção e resistência. Ataque à UPP e captura em 2014 Sardinha foi preso pela primeira vez em agosto de 2014, aos 31 anos, em uma operação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Chatuba, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. O setor de inteligência da polícia descobriu que o traficante se escondia em uma casa na localidade conhecida como Caracol. Durante dois dias, os agentes patrulharam uma área com uma foto dele até conseguir capturá-lo. Luciano da Silva Teixeira, conhecido como Sardinha, seria o chefe do tráfico na Cidade de Deus Reprodução/Site Disque-Denúncia Na época, ele foi considerado o chefe do tráfico da Cidade de Deus, em Jacarepaguá, e era suspeito de ter comandado um ataque à UPP da comunidade meses antes, que deixou um policial militar ferido. Luciano tinha seis anotações criminais e um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas. A prisão foi registrada na 22ª DP (Penha). Regalias na prisão Em maio de 2019, quando cumpriu pena na Penitenciária Vicente Piragibe, Sardinha ganhou destaque novamente — desta vez por conta das regalias de que desfrutava na cadeia. Traficante preso aparece em fotos bebendo cerveja com uma mulher dentro da cadeia Uma operação da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) encontrou na cela do crime R$ 26,8 mil em espécie, 31 telefones celulares, roteadores wi-fi e grande quantidade de drogas: 99 trouxinhas de maconha; 1.050 balas de haxixe; e 332 papelotes de cocaína. Fotos obtidas pela polícia mostraram Sardinha bebendo cerveja, usando joias e posando com uma mulher dentro da unidade prisional. O caso provocou sua transferência imediata para o presídio de segurança máxima Bangu 1, também no Complexo de Gericinó. Traficante Sardinha ingerindo cerveja e aperitivos no interior do presídio Vicente Piragibe Reprodução Em depoimento, o traficante afirmou que o celular usado nas imagens foi emprestado por outro detento, que as latas de cerveja foram “encontradas no lixo” e que o cordão de ouro teria sido comprado dentro do presídio. Disse ainda que “não sabia” como as fotos vazadas. Sardinha já havia cumprido quase cinco anos quando as imagens vieram à tona. Mesmo depois de ter o regime semiaberto cassado pela Justiça, ele continuou detido em uma unidade destinada aos presos desse regime — situação que levantou questionamentos sobre falhas no sistema penitenciário. ‘Saidinha’ do Dia dos Pais O último capítulo da história de Sardinha começou em agosto de 2025. No dia 13, ele deixou o Instituto Penal Benjamim de Moraes Filho, no Complexo de Gericinó, beneficiado pela Visita Periódica ao Lar (VPL), conhecida como “saidinha” temporária, concedida por conta das comemorações do Dia dos Pais. Ele deveria retornar ao presídio no dia 16, mas não voltou. Desde então, está foragido. Traficante Luciano da Silva Teixeira, o Sardinha, no interior do presídio Vicente Piragibe Reprodução A Vara de Execuções Penais (VEP) expediu um mandado de prisão por recaptura referente a um processo de homicídio de 2003. Segundo o sistema penitenciário, ele é considerado um criminoso de altíssima periculosidade. Nesta quinta-feira (16), a polícia chegou perto de prendê-lo em uma casa no Tirol, onde comemorou o aniversário ao lado de comparações fortemente armadas. A operação, porém, terminou com tiroteios, ônibus incendiados e caos nas ruas.[/gpt3]