Helicópteros militares e bombardeiros dos Estados Unidos voaram perto da Venezuela nos últimos dias, informaram órgãos de imprensa internacionais, o que sugere uma escalada na explosão do governo Donald Trump contra a ditadura de Nicolás Maduro.
O jornal americano The Washington Post revelou nesta quinta-feira (16) que, segundo uma análise de imagens de redes sociais feita pelo periódico, os presidentes de ataque MH-6 Little Bird e MH-60 Black Hawks voaram sobre as águas do Mar do Caribe perto de plataformas de petróleo e gás no início de outubro.
A análise visual do Post indica que os helicópteros voaram ao longo da costa nordeste de Trinidad e Tobago, a 145 milhas de distância da costa venezuelana.
Na quarta-feira (15), o jornal The Daily Mail informou que, segundo dados de rastreamento de voos, um trio de bombardeiros B-52H Stratofortress dos EUA voou perto do espaço aéreo venezuelano.
Os dados indicam que os três bombardeiros decolaram da Base Aérea de Barksdale, em Shreveport, na Louisiana, às 2h50 de ontem (horário do leste dos EUA, 3h50 de Brasília).
O jornal britânico informou que os bombardeiros voaram pelo Golfo do México, passando entre o México e Cuba, antes de se aproximarem da Venezuela e sobrevoarem o Mar do Caribe.
Na quarta-feira, a escalada nas tensões entre Venezuela e EUA atingiu seu ápice, com Trump confirmando uma informação veiculada horas antes pelo jornal The New York Times de que autorizou uma agência de inteligência do país (CIA) a realizar operações “letais” no país caribenho. O chavismo prometeu levar o assunto aos órgãos judiciais internacionais.
A gestão Trump iniciou uma operação militar no Mar do Caribe no final de agosto, com o envio de navios de guerra para a região e posteriormente de caças F-35 para um aeródromo em Porto Rico, alegando o objetivo de evitar a chegada de drogas ao território americano.
O regime chavista, porém, acredita que a operação é uma desculpa para uma intervenção militar na Venezuela.
Desde então, os Estados Unidos realizaram vários ataques no Mar do Caribe contra barcos que seriam de gangues venezuelanas, operação que já matou 27 traficantes, segundo a Casa Branca.
Na quarta-feira, além de confirmar que as operações autorizadas da CIA na Venezuela, Trump afirmou que as forças americanas também deveriam realizar ações “por terra”.
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