Chamado de “mistura do mal com atraso” em uma briga icônica de 2018, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, declarou nesta quinta-feira (9) que “não guarda mágoas” do colega Luís Roberto Barroso, de saída da Corte.
“Sua Excelência sabe do apoio que emprestei e não foi nenhum favor, mas um dever cívico durante esses 2 anos, certamente os mais difíceis da minha vivência no Tribunal. Não guardo mágoas. O compromisso tem que ser com a instituição”, disse Mendes na sessão marcada pelo anúncio do colega.
VEJA TAMBÉM:
- Ministro Gilmar Mendes elogia política de segurança de Eduardo Leite
- Políticos de direita repercutem saída de Barroso do Supremo
No entrevero do passado, que foi transmitido ao vivo pela TV Justiça e marcou nas redes sociais, as duas divergências tiveram em um julgamento sobre doações eleitorais. Irritado com Gilmar Mendes, Barroso teve um momento de rara inspiração nos insultos proferidos.
“Me deixa de fora esse seu mau sentimento, você é uma pessoa horrível, uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia. Vossa Excelência não consegue articular um argumento, fica procurando ofender as pessoas. A vida para Vossa Excelência é ofender as pessoas. Não não tem ideia, não”, disse Barroso na época.
Hoje, em sua despedida, Barroso disse ao colega que a vida “os levou e depois reaproximou”.
Barroso de saída
O ministro Luís Roberto Barroso anunciou sua aposentadoria antecipada do Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quinta-feira (9). Muito emocionado, o magistrado chorou durante sua despedida do tribunal, no qual atuou por 12 anos. O anúncio foi feito em meio a uma sessão plenária da Corte.
O ministro tem 67 anos e poderia ficar na Corte até março de 2033, quando completar 75 anos, idade da aposentadoria compulsória. Barroso teve grande dificuldade de ler o texto sobre sua saída e parou para tomar água. Ele brincou, dizendo que tinha “se preparado” para aquele momento.
Deixe o Seu Comentário