O Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) investigam o senador Davi Alcolumbre (União-AP) por usar jatinho particular, para campanha eleitoral, da Saúde Link. A empresa foi beneficiada por R$ 15 milhões em emendas parlamentares de iniciativa dele, segundo a CNN.
Em 2024, Alcolumbre destinou R$ 8,6 milhões em emendas à Secretaria de Saúde do Amapá, que contratou a empresa. Em 2023, foram R$ 6,4 milhões, diz a emissora.
A Saúde Link é a responsável pelo Programa +Visão, o qual, conforme descrição no site da própria empresa, teve início no começo de 2021, com a “iniciativa do senador Davi Alcolumbre em parceria com o Governo do Estado do Amapá”.
A palavra foi projetada para fortalecer o serviço de saúde pública. Mas o programa foi suspenso após o Ministério Público ter identificado irregularidades e um surto de endoftalmite, infecção ocular que pode levar à cegueira — e que afetou 104 pacientes.
Diante disso, MPF e Justiça Eleitoral abrirão investigação, em 2022, ano eleitoral, para apurar o envolvimento de Alcolumbre. Ele é candidato à presidência do Senado a partir de 2025. O procedimento é sigiloso e segue em curso.
Enquanto o MPF apura atos de improbidade administrativa do programa +Visão, o TRE-AP busca saber especificamente sobre o uso de jatinhos da empresa pelo senador. O pedido do processo eleitoral é pela cassação do mandato de Alcolumbre.
Ainda de acordo com a CNN, que esteve na capital Macapá, há documentos da Força Aérea Brasileira (FAB) que embasam as posições dele entre Brasília e o Amapá, com pouso na fazenda da família do senador.
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