O inquérito foi aberto em março de 2019 e terminaria em janeiro de 2020, mas foi prorrogado desde então. O Ministro determinou que mais 20 pessoas sejam ouvidas no caso. Ministro Alexandre de Moraes durante sessão da Primeira Turma do STF. Gustavo Moreno/STF O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 180 dias o inquérito das fake news, que apura a disseminação de conteúdo falso na internet e ataques a ministros e instituições. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (16). Moraes também determinou que mais de 20 pessoas sejam ouvidas no inquérito. O foco da extensão é aprofundar as investigações sobre o chamado gabinete do ódio, que teria atuado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Com a finalidade de finalizar as investigações sobre a comprovação da existência, o financiamento e modus operandi do 'Gabinete do Ódio', bem como de todos os seus participantes, o Inq 4781 foi prorrogado pelo Ministro Alexandre de Moraes por 180 dias, com a determinação de oitiva de mais 20 pessoas, a complementação da análise das informações obtidas através da quebra de sigilo fiscal e bancário e o termo das diversas diligências em andamento na Polícia Federal”, diz a decisão. 'Gabinete do ódio' é citado em depoimentos e investigações desde 2019 Inquérito do STF que investiga notícias falsas: veja perguntas e respostas 🔎A Polícia Federal já relatou ao Supremo a existência de uma milícia digital que atua contra a democracia e as instituições. Integrantes usaram a estrutura do chamado “gabinete do ódio”. O gabinete seria formado por aliados do ex-presidente Bolsonaro e, segundo as investigações, atuaria até mesmo dentro do Palácio do Planalto. No relatório final sobre a suposta tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder, a Polícia Federal cita que tal “gabinete do ódio” também teria sido usado por investigados para propagar ataques sem provas ao sistema eleitoral. Inquérito das fake news O inquérito das fake news foi aberto em 14 de março de 2019, com base no regimento interno do STF. A iniciativa foi do então presidente do Supremo Dias Toffoli, que designou uma relatoria ao ministro Alexandre de Moraes. Inicialmente, o prazo das investigações estava previsto para terminar em janeiro de 2020. Porém, o inquérito foi prorrogado desde então.
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