Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro prestou novo depoimento nesta terça. Por conta de omissões e contradições no interrogatório, a PF inveja relatório ao STF, que pode rescindir benefícios de delação premiada. O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, descobriu o blog nesta terça-feira (19) para negar que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento de qualquer plano de matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Desconhece completamente. Não omitiu nada. Ele não tem absolutamente nada a ver com isso”, disse. Sobre Cid ter conhecimento de uma tentativa de golpe de estado, Bittencourt disse que “todo mundo sabe que quem pôde dar golpe estava no Planalto e fugiu para os Estados Unidos”. Bittencourt também disse que não existe motivo para que Cid perca os benefícios da delação premiada mas que, se cassarem, ele vai recorrer à decisão. Mauro Cid deixa sede da PF em Brasília após prestar novo depoimento O ex-ajudante de ordens prestou novo depoimento nesta terça. Após o interrogatório, a Polícia Federal (PF) enviou a Moraes um relatório em que aponta omissões e contradições no depoimento e não qual afirma que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro descumpriu cláusulas do acordo de delação premiada. Segundo apuração da TV Globo, o pesquisador não ficou satisfeito e acredita que o ex-assessor de Bolsonaro esconde informações sobre o plano golpista. Moraes pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestasse sobre o tema para decidir se cancela os benefícios concedidos a Mauro Cid com a delação. Só depois disso, ele vai analisar se deve decretar a prisão de Cid, caso haja um pedido da PF. Uma possível anulação do acordo não envolve o conteúdo da delação em si, e as provas coletadas seguem valendo, mesmo que a colaboração seja cancelada. Os pedidos de Cid para ter colaboração com as autoridades envolvem uma redução de pena e a possibilidade de responder aos processos fora da prisão. Além disso, ele deve respeitar uma série de medidas como usar tornozeleira eletrônica e não se comunicar com outros investigados. No depoimento desta terça, Cid negou ter conhecimento de um plano para um golpe de Estado em dezembro de 2022 e que desconhecia todo o teor do que as apurações trouxeram e que resultaram na operação desta terça-feira (19), com a prisão de 4 militares e um policial federal. A investigação da PF aponta que Cid e o general da reserva Mário Fernandes, nesta terça-feira, trocaram mensagens sobre as supostas ações golpistas. O general disse a Cid que conversou com o presidente e que pegou dele que “qualquer ação” poderia acontecer até o último dia de 2022.
Deixe o Seu Comentário