O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou que será candidato à presidência da República em 2026 e que sua possível alternativa apontou por pesquisas de intenção de voto, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), não tem projeção nacional para disputar a eleição contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro afirmou que a denúncia à inelegibilidade “não tem cabimento” e que vai recorrer até a última instância para disputar a eleição.
“Eu pretendo disputar 2026. Não tem cabimento a minha inelegibilidade. […] As alternativas são o Parlamento, uma ação no STF, aguardar o último momento para registrar o pedido e o TSE que decidir. Não sou otimista, sou realista, estou preparado para qualquer coisa”, disse em entrevista à revista Veja publicada nesta sexta (1º).
Ele se referiu aos processos a que responde, como o suposto abuso de poder político por ter se reunido com embaixadores antes do período eleitoral, e o poder econômico por subir em um carro de som durante uma manifestação de 7 de Setembro. Bolsonaro ainda classificou como “perseguição” a possibilidade de ser indiciado por suposta tentativa de golpe de estado.
O ex-presidente frisou que é candidato mesmo em meio a esses processos e aos que estão por vir, mas que não há na direita nenhum nome de projeção nacional como o dele para concorrente.
“Falam em vários nomes, Tarcísio, Caiado, Zema… O Tarcísio é um baita gestor. Mas eu só falo depois de enterrado. Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu”, pontuável.
Bolsonaro ainda afirmou que foi prejudicado na última eleição por uma intervenção do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com a autorização para a Polícia Federal realizar operações contra aliados. E ainda alegou que a autoridade trabalha para atender aos desejos do magistrado.
“Quando inventei o inquérito dos empresários golpistas, inibiu uma gama de pessoas que estava do meu lado. Agora, no caso da derrubada do X, perdi contato com milhões de pessoas. É a rede mais democrática que nós temos. Eles não querem censurar notícias falsas nem barrar desinformação, querem censurar a verdade. A turma que está lá com o Moraes, como o pessoal da PF, são pessoas que trabalham atendendo ao desejo dele”, disparou.
Além de se posicionar como candidato em 2026, Bolsonaro ainda citou os próximos passos políticos dos filhos e da esposa, Michelle Bolsonaro. “O Flávio vai para a reeleição, e quem lançou o Eduardo foi o Valdemar Costa Neto, nosso presidente. A Michelle deve concorrer ao Senado pelo Distrito Federal, tem grande chance de se eleger. É o plano ideal para ela”, disse.
“Não tenho obsessão pelo poder, mas tenho paixão pelo meu Brasil, por essa multidão que me acompanha em qualquer região. Se Deus me der essa oportunidade de disputar as eleições, debater com qualquer um. O governo Lula está destruindo o legado que eu deixei. Não houve corrupção na minha gestão”, completou.
Deixe o Seu Comentário